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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIREITA E FLUTTER ASSOCIADOS A PERICARDITE CONSTRITIVA CALCIFICADA

Alexandre Ribas Klippel, GUILHERME C FORTES, IEDA M LIGUORI, JORGE H Y KOROISHI, FELIPE T R DIAS, RAYZA K S ARAUJO, JAIRO A P JUNIOR, JEFFER L MORAIS, VICTOR G GALORO, FLAVIA T SAKAMOTO
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

 Introdução: A pericardite constritiva representa o estágio final de um processo inflamatório que envolve o pericárdio. As possíveis causas estão no quadro 1.  Relato de caso: Homem, 38 anos, admitido em janeiro de 2020 em hospital de referência em cardiologia com quadro de flutter atrial com menos de 12 horas de evolução. Estava em acompanhamento com gastroenterologista há 2 anos  devido elevação crônica isolada de gama glutamil transferase (GGT).  Tinha biópsia hepática com resultado: bloqueio crônico do efluxo venoso e fibrose perisinusoidal. Trazia vários exames, dentre os quais  uma angiotomografia de abdome superior de outubro de 2019 evidenciando pericardite constritiva e hepatopatia cardiogênica, e uma radiografia de tórax do ano de 2013 realizada devido quadro de infecção de vias aéreas (figura 1) que já mostrava calcificação pericárdica. Somente após outubro de 2019 procurou o cardiologista devido a pericardite. Tinha dispnéia aos médios esforços. Negava outras comorbidades.  Apresentava-se em bom estado geral, levemente taquicárdico, eupneico, não tinha  edema de membros inferiores ou hepatomegalia. Apresentava  discreta turgência jugular.  Ausculta pulmonar e ausculta cardíaca normais. Eletrocardiograma mostrava flutter atrial com frequência cardiaca  de 110. Resultados: A angiotomografia cardiovascular evidenciou: calcificação extensa do pericárdio, associada a espessamento difuso de até 8mm; aumento biatrial;  dilatação de ambas as veias cavas (cava superior 3,4 cm; cava interior 4,5 cm), compatíveis com pericardite constritiva  (figura 2). Foi submetido a pericardiectomia com cardioversão do flutter intra-operatória e teve boa evolução. Houve resolução da turgência jugular. Laudo anatomopatológico: pericardite crônica inespecífica com fibrose e calcificação. Teve alta com melhora clínica para seguimento ambulatorial. Conclusão: o acometimento hepático secundário à pericardite constritiva incui um espectro de alterações clínicas, bioquímicas e histológicas. A identificação de pressão venosa jugular elevada, alterações na função hepática e ascite podem representar os critérios de hepatopatia congestiva secundária à pericardite constritiva.Porém, o tempo entre o início das alterações hepáticas e o diagnóstico da pericardite constritiva pode ser de anos. Quando diagnosticada mais precocemente, o prognóstico e melhor. O tratamento  é a pericardiectomia. A liberação do coração restrito resolve a insuficiência cardíaca. 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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