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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

COMO ESTÁ SENDO A EVOLUÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DE IDOSOS HIPERTENSOS NO SUS?

Cesarino,E.J., Cesarino, E.J., Moroti, M.E.B., Cesarino, F.T., Andrade, R.C.G.
FCFRP-USP - Rib. Preto - SP - BR, AREPAH - Rib. Preto - SP - BR

Introdução: A adesão ao tratamento pode ser definida como o total acordo entre a prescrição e a forma como o paciente a segue, sofrendo influência de diversas variáveis relacionadas, principalmente, ao paciente, ao medicamento, ao Sistema de Saúde e a relação médico-paciente. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde estima-se que a quantidade de indivíduos não aderentes ao tratamento anti-hipertensivo varia de 30 a 50%, dependendo do tipo de medicamento utilizado. Métodos: O delineamento do estudo foi prospectivo descritivo e observacional. A coleta de dados ocorreu em 2 etapas, no período de agosto de 2014 até junho de 2015, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (Protocolo nº 341/2014). O instrumento utilizado para a avaliação de adesão ao tratamento foi o Brief Medical Questionnaire (BMQ) que visa a identificação dos domínios de Regime, de Crença e de Recordação ao tratamento. A adesão foi categorizada em 4 diferentes condições dependendo das respostas obtidas: 1) Aderente (nenhuma resposta positiva), 2) Provável Aderência (apenas resposta positiva em um dos domínios), 3) Provável Baixa Adesão (resposta positiva em dois dos domínios) e 4) Baixa Adesão (resposta positiva em três domínios). Resultados: A casuística foi constituída por 196 indivíduos na Etapa 1 e 187 na Etapa 2 (perda de 9 pacientes), sorteados, aleatoriamente, dentre 782 pacientes atendidos em 2013 em um ambulatório de Cardiologia e Hipertensão Arterial (HA) do Sistema Único de Saúde (SUS). A faixa etária dos indivíduos estudados variou entre 60 e-79 anos. O critério de HA utilizado foi do VIII Joint National Committee. Observou-se predomínio de mulheres (127; 64,8%), com idade média de 69,4±4,85 anos, faixa etária predominante situou-se entre 70-79 anos (50,5%) e cor branca (111; 56,6%). A utilização do BMQ demonstrou baixas taxas na categoria Aderente, 3,6% e 9,3%, respectivamente, tanto na Etapa 1 como na Etapa 2 do estudo, porém apresentou diferença significativa (p=0,0279). A categoria baixa adesão encontrada nas duas etapas (Etapa 1 = 31,5%) e (Etapa 2= 24,0%), não foi significativa (p=0,1281). A análise das categorias de adesão em indivíduos com a pressão arterial (PA) não controlada (PA ≥ 140x90 mmHg) não foi significativa. Conclusão: A categoria Aderente na avaliação de adesão ao tratamento de idosos hipertensos de um ambulatório de atendimento secundário aos usuários do SUS apresentou melhora significativa, mesmo sendo a análise realizada em um intervalo curto de tempo, que poderia ter sido considerado um fator limitante na avaliação da evolução da adesão. 

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