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COMPRESSÃO EXTRÍNSECA DO TRONCO DA CORONÁRIA ESQUERDA POR DILATAÇÃO DA ARTÉRIA PULMONAR DE ETIOLOGIA IDIOPÁTICA

BEATRIZ LOPES FRANCO, Elzo Thiago Brito Mattar, Marcio Antonio dos Santos, Diego Novelli, Camila N. G. Martins, Natasha C. Bonfim, Patricia C. R. Pinto, Mayra R. Pedro, Alexandre H. Zangari, Flávio H. S. Zago
FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - - SP - BRASIL

Introdução: Obstruções significativas do tronco da coronária esquerda (TCE) ocorrem em 5 a 7% dos pacientes submetidos a Coronariografia. A etiologia aterosclerótica é a mais frequente, embora possa ser decorrente de outros fatores como a obstrução extrínseca por dilatação da artéria pulmonar (AP) secundária a hipertensão pulmonar (HP). A HP é uma doença progressiva caracterizada pela elevação da resistência vascular pulmonar. Pode ser primária ou secundária, estando entre as etiologias mais comuns a  hipertensão pulmonar primária (HAP), cardiopatias congênitas, doença tromboembólica crônica e parenquimatosa pulmonar. A principal causa de compressão relaciona-se a doença cardíaca congênita ou HAP idiopática, e as menos frequentes são sífilis e síndrome do desfiladeiro torácico. A incidência não é bem estabelecida, variando entre 5% e 44%. Apresenta-se clinicamente com dor torácica anginosa, associada ou não à dispneia e acomete preferencialmente jovens, em contraste com a doença aterosclerótica. Métodos: Estudo descritivo (relato de caso): coleta de informações em prontuário “ sistema MV “ e revisão bibliográfica em base de dados. Relato Caso Clínico: Paciente 53 anos, sexo masculino, hipertenso e ex-tabagista, em seguimento ambulatorial com Pneumologia há 05 anos, por queixa de dispnéia aos mínimos esforços. Ao Ecocardiograma, sinais indiretos de HAP, sem disfunção ventricular. Submetido à cateterismo de câmaras direita e esquerda, evidenciado pressão arterial pulmonar média de 60 mmHg e resistência arteriolar pulmonar = 8 unidades Wood. À coronariografia, presença de lesão ostial única de 80% em TCE, com VDRL não reagente, evoluindo com abordagem percutânea por stent farmacológico Promus 4.0/24 mm. Através de angiotomografia (TCA), concluiu-se que havia compressão extrínseca do TCE pela dilatação da AP e importante dilatação de câmaras direitas. Discussão e Conclusões: Através desta apresentação relatamos uma rara complicação da HP, com poucos casos na literatura, contemplando as alterações decorrentes da evolução clínica da doença e a obstrução coronariana única na ausência de doença aterosclerótica. Esta complicação está se tornando mais reconhecida e deve ser aventada em pacientes com HP e precordialgia ou equivalentes isquêmicos. O diagnóstico é feito pela angiografia associado ao ultrassom intracoronário e complemento da TCA. O tratamento ideal permanece indefinido decorrente do pequeno número de casos relatados e pela falta de estudos randomizados e controlados.

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