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DISSECÇÃO ESPONTÂNEA DE ARTÉRIA CORONÁRIA – SÍNDROME CORONARIANA AGUDA COM ELEVAÇÃO DO SEGMENTO ST EM PACIENTE MASCULINO JOVEM.

José de Arimatéa Francisco, Hugo Pazianotto, Vítor Endo Daher, Marcelo Lopes Montemor, Thomás Borges Conforti, Lourenço Teixeira Ligabó, Rodrigo Modolo, Silvio Gioppato, Silvio Luis Pollini, Rafael Gavinhos da Silva
Hospital Vera Cruz - Campinas - SP - Brasil

INTRODUÇÃO: A dissecção espontânea de artéria coronária (DEAC) é uma causa rara de infarto do miocárdio e morte súbita, sendo descrito o primeiro caso em 1931 por Pretty ².  Na população em geral, a  (DEAC)  é a causa da síndrome coronariana aguda em 0,1 a 4% dos casos³. Usualmente é encontrada na literatura sob a forma de relatos de casos isolados, geralmente acometendo pacientes jovens e/ou do sexo feminino5.  Em 2 séries de 87 e 168 pacientes, a idade média foi de 43 e 52 anos e 82 e 92% eram mulheres, respectivamente5,6. Os homens também podem apresentar DEAC (<10 a 15% dos casos); no entanto, mecanicamente, estes são mais prováveis ​​de origem aterosclerótica do que não-aterosclerótica 7. A etiologia e a fisiopatologia permanecem obscuras. O tratamento é incerto, sendo a intervenção percutânea, a cirurgia de revascularização miocárdica e o tratamento conservador as opções terapêuticas 8,9. Relatamos caso paciente masculino, 47 anos, com quadro de síndrome coronariana aguda com supra de ST, cuja cineangiocoronariografia envidenciou dissecção artéria coronária direita (ACD); com recuperação total após 10 dias internação. CASO CLÍNICO: Paciente deu entrada na unidade de emergência referindo há 1 hora dor precordial típica, no eletrocardiograma apresentava  supra de ST DII, DIII, AVF , V3R e V4R. Submetido a cineangiocoronariografia que evidenciou ACD  com imagem laminar do terço médio ao terço distal com alta carga trombótica (fig. A e B ). Foi optado por  anticoagulação com enoxaparina por 7 dias, dupla antiagregação, inibidor IIB IIIA  e reestudo em 7 dias. Realizado ecocardiograma que mostrava FE 49% (S) e acinesia basal e médio da parede inferior. Paciente permaneceu estável, sem novos episódios de dor precordial, com marcadores de necrose miocárdica em queda, sendo submetido a novo cateterismo no oitavo dia de internação. O exame evidenciou ACD pérvia, sem obstruções, com Fluxo TIMI 3 e com resolução da dissecção(fig. C e D). Permaneceu estável recebendo alta no décimo dia de internação com retorno ambulatorial precoce. DISCUSSÃO: Nosso caso mostra um quadro (DEAC) pouco comum,  por tartar-se de  paciente masculino, com apresentação de  síndrome coronariana aguda com supra de ST inferior, que evoluiu estável e com boa resposta ao tratamento clínico. Concluímos que o tratamento da (DEAC) deve ser individualizado e a melhor proposta terapêutica dependerá da gravidade e da apresentação clínico, sendo o tratamento clínico uma boa opção.

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