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Prevalência de infecção pós-cirúrgica em cirurgias cardíacas eletivas e associação com avaliação odontológica: Estudo Retrospectivo.

Faria, AED, Neves, ILI, Neves, RS, Santos-Paul, MA
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Cirurgias cardíacas podem estar associadas a diversas complicações pós-cirúrgicas, dentre elas as infecções que prolongam o tempo de internação do paciente, geram mais custos hospitalares, e aumentam a taxa de mortalidade. Alguns estudos correlacionam infecções pulmonares e quadros de endocardite a condição oral, porém, são escassos estudos que demonstram se focos infecciosos intraorais influenciam o desenvolvimento de demais infecções pós-operatórias em cirurgias cardíacas eletivas. O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência e casuística de infecções pós-cirúrgicas em cirurgias cardíacas coronarianas e/ou valvares eletivas em um hospital terciário, e verificar a relação entre essas infecções com a realização ou não de avaliação odontológica prévia. Assim, foi realizado um estudo retrospectivo, com pacientes submetidos a cirurgia cardíaca no período de Janeiro de 2018 a Abril de 2019. Nossa amostra foi composta por 1276 cirurgias sendo, 10,6% infectadas. O sexo masculino foi predominante no grupo de cirurgias coronarianas (GCC) e o feminino no grupo de cirurgias valvares (GCV), presença de comorbidade e idade avançada não foram associadas à maiores taxas de infecção, o tempo de internação e o número de óbitos foi mais prevalente nos pacientes infectados, as infecções de sítio cirúrgico representaram 6,2% da amostra e as do tipo pneumonia 0,2%. Quanto à avaliação odontológica, GCV apresentou 62,3% dos pacientes avaliados e GCC 25,8%, quanto ao sexo foi observado uma homogeneidade no grupo com avaliação odontológica. Em 89,8% dos pacientes com avaliação odontológica não foi observado infecção pós-cirúrgica. E houve diferença significativa entre tempo de internação e avaliação odontológica. Concluindo que a prevalência de infecção pós-cirúrgica foi elevada, não houve diferença significativa entre a avaliação odontológica previamente a cirurgia cardíaca e a infecção pós-cirúrgica, apesar da tendência percentual favorável entre esta e a ausência de infecção, e ao fato de que uma saúde bucal deficiente é fator de risco para desenvolvimento de determinadas infecções não apresentados de forma frequente na amostra. O tempo de internação foi menor nos pacientes submetidos a avaliação odontológica, dado relevante não só como imperativo clínico, mas econômico. A literatura quanto ao tema é escassa e pouco consistente, sendo assim, são necessários mais estudos no intuito de avaliar a relação entre a avaliação odontológica e pós-cirúrgico em cirurgias cardíacas eletivas. 

 

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