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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Influência de diferentes dietas hipercalóricas sobre o estresse oxidativo cardíaco

Gasparini, P.V.F., Matias, A.M. , Sequeira, J.S. , Camacho, C.R.C. , Lima-Leopoldo, A.P., Leopoldo, A.S.
Universidade Federal Do Espírito Santo - Vitória - Espírito Santo - Brasil, Universidade Estadual Paulista - Botucatu - São Paulo - Brasil

Introdução: O estresse oxidativo tem sido associado a alterações cardiometabólicas, norteadas por mecanismos relacionados à superprodução de espécies reativas de oxigênio. É possível que haja envolvimento do excesso de glicose e ácidos graxos neste processo, aumentando a oxidação, a geração de doadores de elétrons na cadeia respiratória e a formação de radicais livres. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar os efeitos de diferentes dietas hipercalóricas sobre o estresse oxidativo cardíaco. Métodos: Ratos Wistar com 30 dias foram randomizados nos grupos: Controle (C, n=5), Hiperglicídico (HG, n=6), Hiperlipídico (HL, n=5) e Hiperlipídico com açúcar (HLG, n=5), os quais receberam, respectivamente, dieta padrão, dieta com alto teor de açúcar, dieta hiperlipídica saturada e dieta hiperlipídica saturada com açúcar por 20 semanas. Foram determinados o peso corporal, depósitos de gordura, gordura corporal total e índice de adiposidade. O estresse oxidativo foi mensurado por meio das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico formadas como subproduto da peroxidação lipídica, expressas pela concentração de malondialdeído e níveis de proteínas carboniladas no tecido cardíaco. Os dados foram expressos por média e erro padrão da média e submetidos à análise de variância (ANOVA) uma via complementada com teste de comparações múltiplas de Tukey. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: O ganho de peso corporal não diferiu entre os grupos. O grupo HL apresentou valores maiores que o grupo HG para gordura visceral (HL=18,4 ± 2,9 vs. HG=10,2 ± 1,1; p<0,05), retroperitoneal (HL=45,5 ± 9,3 vs. HG=21,7 ± 3,8; p<0,05), gordura total (HL=77,5 ± 13,1 vs. HG=42,4 ± 5,2; p<0,05) e índice de adiposidade (HL=10,7 ± 0,8 vs. 7,5 ± 0,6; p<0,05). Apenas a gordura retroperitoneal apresentou diferença estatística entre HL e C (HL=45,5 ± 9,3 vs. C=23,0 ± 1,5; p<0,05). Quanto aos parâmetros de estresse oxidativo, os níveis de malondialdeído foram significativamente maiores nos grupos HG, HL e HLG em relação ao C (C=135,8 ± 17,4 vs. HG=475,7 ± 64,6; HL=591,3 ± 103,2; HLG=545,1 ± 104,3; p<0,05), enquanto a proteína carbonilada foi maior nos grupos HG e HLG quando comparados ao C (C=10,0 ± 2,1 vs. HG=26,1 ± 4,7; HLG=27,0 ± 3,8; p<0,05). Conclusões: As intervenções dietéticas não promoveram obesidade nos grupos avaliados, no entanto, o estresse oxidativo cardíaco ocorreu de forma exacerbada com a oferta elevada de açúcar, gordura saturada e gordura saturada acrescida de açúcar, sendo o açúcar o componente de maior influência nos danos às proteínas no tecido cardíaco.

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