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ISQUEMIA MIOCÁRDICA NA CINTILOGRAFIA. IMPACTO DA PRESENÇA DE DIABETES EM POPULAÇÃO COM ELEVADO RISCO CARDIOVASCULAR

Giulia Lazarini, Maria Carolina Smanio, Leonardo Alexandre, Paola Smanio, Marco Oliveira
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: Diabetes mellitus (DM) é sabidamente um importante fatores de risco para doença coronária (DAC) que por outro lado é a principal causa de morte e eventos cardiovasculares (ECV) nos diabéticos. Tal fato ocorre devido ao alto potencial aterosclerótico que se associa a alterações metabólicas e disfunção endotelial. Desta forma, é de grande importância avaliar a presença de isquemia em diabéticos tipo I e II que são acompanhados em hospital terciário, para que sejam tratados precocemente evitando ECV. Objetivos: Avaliar se pacientes (p) diabéticos possuem mais isquemia na cintilografia (CM) e ECV comparado aos não diabéticos, verificando, ainda, se há associação com o tipo de diabetes, com a presença de sintomas, outros fatores de risco (FR) e DAC conhecida. Métodos: estudo observacional retrospectivo realizado por coleta de dados dos prontuários de 1.003 p que realizaram CM sob estresse físico ou farmacológico entre 2016-2019. Considerou-se como grupo controle os não-diabéticos que realizaram o exame. Foram analisadas características clínico epidemiológicas, sintomas e presença de DAC prévia. A análise estatística foi realizada pelo teste exato de Fischer e teste T de Student sendo o poder do teste de 95% e o nível de significância de 5%. Resultados: do total,60% homens, 91,4% hipertensos, 47,1% diabéticos (46,8% tipo 2 e 0,3% tipo 1), 79,1% dislipidêmicos, 24,1% obesos, 36% tabagistas e ex- tabagistas, 62,8% com DAC prévia, 46,5% com dor torácica, sendo que 22,6% apresentavam isquemia na CM. A análise mostrou que p diabéticos tiveram maior mais isquemia em relação aos não diabéticos (p= 0,008), sendo o risco de isquemia na CM  1,5 vezes maior em comparação aos não diabéticos. O FR mais prevalente nos diabéticos com isquemia foi dislipidemia (p=0,048). Não houve diferença significativa entre diabéticos e não diabéticos isquêmicos em relação aos demais fatores epidemiológicos, de risco ou quanto ao desfecho IAM não fatal. Conclusões: diabéticos apresenta risco 1,5 vezes maior de isquemia sendo dislipidemia o único FR prevalente nos diabéticos isquêmicos. Não houve mais IAM não fatal nos diabéticos com isquemia, talvez pelo rigoroso tratamento instituído.

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