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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Comportamento hemodinâmico e autonômico vagal durante teste de resistência muscular periférica em pacientes cirróticos

Isabela S. de Paula, Fabiana C. C. R. Corrêa, Janaina B. Moreira, Leonardo B. Almeida, Patrícia F. Trevizan, Mateus C. Laterza, Daniel G. Martinez
Invest. Cardio. Fisiol. do Exerc. (InCFEx)-UFJF - Juiz de Fora - Minas Gerais - Brasil

INTRODUÇÃO: A cirrose hepática (CH) está associada a circulação hiperdinâmica e provável disfunção autonômica. O objetivo do estudo foi avaliar o comportamento hemodinâmico e a função autonômica vagal de pacientes com CH durante e após teste de resistência muscular periférica (TRMP). MÉTODOS: Foram avaliados 45 pacientes cirróticos (59±13 anos, IMC de 28±5 Kg/m²) e 38 controles (57±13 anos, IMC de 29±3 Kg/m²) que realizaram o TRMP com dinamômetro de preensão manual digital EGM®, com força alvo de 45% da contração voluntária máxima em ritmo de 60 ciclos de contração/relaxamento por minuto até a falha, caracterizada por três contrações consecutivas sem atingir a força alvo. A pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) e a frequência cardíaca (FC) foram registradas pelo monitor multiparamétrico DIXTAL®, antes, durante e após o TRMP. A avaliação autonômica vagal foi realizada em uma subamostra de 27 cirróticos (56±11 anos, IMC de 28±5 Kg/m²) e 22 controles (58±8 anos, IMC de 28±3 Kg/m²), nos momentos pré (10 minutos), durante o TRMP e pós (10 minutos) (cardiofrequencímetro Polar® V800). Posteriormente, no programa Kubius, foi feita a análise Time-Varying do índice RMSSD30, componente da modulação vagal. Utilizou-se ANOVA de 2 fatores para medidas repetidas seguida do post hoc de Scheffè. Foi considerado significativo p<0,05. RESULTADOS: Houve aumento da PAS no pico do exercício em relação ao repouso (efeito tempo, p<0,001) de forma semelhante entre os grupos (efeito grupo, p=0,14). Em ambos os grupos a PAD e a PAM aumentaram no pico do exercício em relação ao repouso (PAD – Cirrótico: Repouso=75±9mmHg, Pico=82±17mmHg; Controle: Repouso=79±9mmHg, Pico=92±20mmHg; efeito tempo, p<0,001; PAM – Cirrótico: repouso=93±11mmHg, Pico=105±18mmHg; Controle: Repouso=97±10mmHg, Pico=113±17mmHg; efeito tempo, p<0,001), porém o grupo cirrótico apresentou menores valores de PAD (efeito grupo, p=0,01) e PAM (efeito grupo, p=0,04) em comparação ao grupo controle. A FC aumentou no pico do exercício em relação ao repouso (efeito tempo, p<0,001) e permaneceu aumentada na recuperação em relação ao repouso (efeito tempo, p=0,02) de forma similar entre os grupos (efeito grupo, p=0,30). O índice RMSSD30 diminuiu no pico do exercício em relação ao repouso (efeito tempo, p<0,001) de forma semelhante entre os grupos (efeito grupo, p=0,42). CONCLUSÃO: Pacientes cirróticos apresentam resposta pressórica e vagal preservada durante e após o TRMP. Porém, os valores de PAD e PAM são menores em comparação ao grupo controle.

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