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Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Atuação da Equipe Multidisciplinar no Luto

Débora C. Carolla, Milena David Narchi, Maria Teresa Cabrera Castillo
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome clinica caracterizada por declínio gradual da função cardíaca, causando diversos sintomas. Desse modo, pacientes com IC precisam elaborar diversas perdas durante o processo da doença até o óbito. ObjetivoDescrever a atuação do profissional de saúde no processo de luto. Relato de Caso: Trata-se de um adulto- jovem de 21 anos admitido na equipe de cuidados paliativos com Insuficiência Cardíaca avançada. Resultados: As últimas horas de vida do jovem foi inundada de tristeza e saudade. Nesse caso buscou-se escutar e permitir a expressão de sentimentos da mãe, essencialmente transmitir um acolhimento constante e sincero. Buscamos oferecer momento de contato da mãe com o filho morto conforme seu desejo. Após o óbito, a mãe começou a retirar os pertences do quarto e lembrou de histórias como: a compra de um inalador silencioso que ele gostava muito, mas utilizou pouco porque estava nas últimas horas de vida.  Demonstrou interesse em devolver um medicamento para a farmácia de alto custo, pois beneficiaria outro paciente. A mãe comentou com a psicóloga que o filho havia pedido perdão no dia anterior, uma vez que ,sentia-se um fardo para a família, porque não conseguiu cuidar da irmã e nunca trabalhou para realizar o sonho da mãe de ter uma casa, então, o choro e silêncio se fizeram presentes. Momento de ficar com a dor da ausência do filho, mas as lembranças das vivências. Ela também falou da preocupação com a outra filha de dez anos, como falar sobre a morte do irmão?  Após intervenção e cuidado da equipe ela referiu que contaria para filha quando chegasse da escola. Posteriormente a saída da mãe do quarto, realizou-se os cuidados com o corpo, a enfermeira e a psicóloga acompanharam a mãe ao setor de internação para seguimento em relação as questões burocráticas e estabelecimento de contato com outros membros da família. Essa não foi a última etapa de intervenção da equipe, a mãe mantém acompanhamento do luto. Conclusão:  O ser humano não está preparado para a finitude, a mãe embora soubesse que iria perdê-lo não estava preparada para a morte. A enfermeira e a psicóloga atuaram com sensibilidade tanto nos momentos que precederam a morte, bem como à sua concretude, facilitando o contato entre familiares, amigos e expressão de sentimentos. Neste sentido, oferecer cuidados paliativos é vivenciar momentos de compaixão, novo sentido de cuidar e abrir espaço para o viver e o morrer, considerando paciente e família junto à equipe de saúde. 

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