Introdução: A hipertensão arterial é um fator de risco para o desenvolvimento de insuficiência cardíaca, importante problema clínico de grande prevalência. Na fase de insuficiência cardíaca ocorrem manifestações musculares dentre as quais destaca-se o aumento do estresse oxidativo que contribui para limitações funcionais. Dentre as estratégias terapêuticas para o controle pressórico destaca-se o exercício físico. Alguns estudos têm evidenciado os exercícios do tipo intervalado de alta intensidade (HIIT) como excelente alternativa principalmente em relação a capacidade cardiorrespiratória e ganhos funcionais. Entretanto, ainda não estão elucidados os mecanismos moleculares envolvidos nas modificações musculares periféricas de forma precoce, na fase compensada da hipertensão arterial e nem mesmo a influência do HIIT. Métodos: Estudo aprovado pelo Comitê de Ética de Experimentos Animais (protocolo 1167-2016). Foram utilizados ratos machos com 12 meses de idade da linhagem espontaneamente hipertensos (SHR, n=19) e Wistar Kyoto (WKY, n=6) divididos em 3 grupos: grupo controle (WKY, n=6); grupo hipertenso sedentário (SHR, n=9) e grupo hipertenso treinado (HIIT, n=10). Foram submetidos ao HIIT por 8 semanas e após o término foram eutanasiados (sem sinais de insuficiência cardíaca), o músculo tibial anterior removido e congelado. O estresse oxidativo foi avaliado por meio da capacidade antioxidante total (CAT), peroxidação lipídica (PL) e carbonilação de proteínas (CP). Análise Estatística: Para comparação entre os grupos foi utilizada ANOVA seguido pelo pós-teste Tukey ou Kruskal-Wallis seguido de pós teste de Dunn’s (p <0,05). Resultados: Não houve diferença estatística significante em nenhum dos marcados de estresse oxidativo avaliados: CAT (WKY = 46,5 ± 4,4%; SHR = 43,1 ± 5,6%; HIIT = 42,8 ± 4,4%, p>0,05), PL (WKY = 5,0 ± 2,4 nmol/mg; SHR = 10,7 ± 7,1 nmol/mg; HIIT = 6,6 ± 3,8 nmol/mg, p>0,05) e CP (WKY = 38,9 ± 21,2 nmol/mg; SHR = 43,8 ± 14,7 nmol/mg; HIIT = 66,1 ± 26,2 nmol/mg, p>0,05).Conclusão: Durante a fase compensada da hipertensão arterial não houve aumento do estresse oxidativo. Outros mecanismos devem ser investigados nessa fase da doença.