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Paciente jovem com psoríase e taquicardia sinusal inapropriada, evoluindo com várias complicações pós-ablação do Nó Sinusal

Lesley Ferreira, Ricardo Curado de Oliveira e Silva, Vitor Alves Cruz, Flavia Castro Velasco
D'Cor Clínica - Goiânia - Goiás - Brasil

 

Paciente feminino, 33 anos, branca, com queixa de palpitações desde a última gestação associada a cansaço progressivo, com FC de 100 bpm em repouso. Diabetes gestacional. Psoríase desde os 17 anos de idade.

Evolução: Holter inicial com taquicardia por 16h22min, com média de 117 bpm, sem extrassistolia.  Ecocardiograma normal. Avaliação tiroideana normal. Descartado feocromocitoma. Tilt test normal. Tentados vários cronotrópicos negativos, sem resposta clínica. Estudo Eletrofisiológico: taquicardia sinusal inapropriada (TSI). Programada Ablação de Nó Sinusal (ANS), porém sem sucesso. Segunda tentativa de ANS, com sucesso, ritmo atrial baixo, com FC de 85 bpm. Porém, evoluiu no pós-operatório imediato com embolia pulmonar. Nos meses subsequentes, apresentou várias internações por dor torácica. Tomografia de tórax confirmou paralisia do nervo frênico, corrigida com plicatura do diafragma. No pós-operatório apresentou empiema, com necessidade de drenagem e antibioticoterapia. Sete meses após a segunda ablação, apresentou lipotimias sintomáticas associadas a bradicardia, com necessidade de instalação de marcapasso bicameral. Alta hospitalar e bem em casa.

Discussão: A TSI,  caracterizada por uma FC em repouso > 100 bpm,  é uma entidade rara1. Seu controle com medicação costuma ser insuficiente e a ANS é uma opção. Porém,  16% necessitam de marcapasso e 32% apresentam sintomas recorrentes.4 Recidiva com necessidade de reintervenção em 20-25%. 2,3Lesão do nervo frênico em 3,5 a 19,5%. 8,9 O fato de a paciente ter psoríase é um complicador, visto que é uma enfermidade auto-imune e associada a diabetes e doenças cardiovasculares, incluindo fibrilação atrial.6,7 Questiona-se a influência da psoríase como fator predisponente para as complicações e também sua influência no aparecimento da TSI. Seu processo inflamatório parece estar associado com aumento de FC e extrassistolia supraventricular5, mas nossa literatura não é muito rica em dados sobre associação direta entre psoríase e TSI.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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