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Associação da Curta Duração do Sono e Hipertensão: Estudo ELSA-Brasil

Barbara K. Parise, Ronaldo B. Santos, Wagner A. Silva, Silvana P. Souza, Soraya Giatti, Aline N. Aielo, Luiz A. Bortolotto, Paulo A. Lotufo, Isabela M. Bensenor, Luciano F. Drager
Centro de Pesquisa Clinica e Epidemiológica da USP - São Paulo - SP - Brasil, Dept Nefrologia - Unid Hipertensão do HCFMUSP - SP - SP - Brasil, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A curta duração do sono comumente tem sido associada com a hipertensão arterial sistêmica (HAS). Entretanto, a maior parte desses estudos avaliou a duração do sono de forma subjetiva e não consideraram a potencial influência de outros distúrbios de sono como a apneia obstrutiva do sono (AOS) e a insônia.

Objetivo: Explorar a associação da duração do sono (DS) de forma subjetiva e objetiva com a presença de HAS e os niveis pressóricos (PA) ajustado para AOS em participantes da coorte do ELSA-Brasil.

Métodos: Os participantes realizaram avaliações clinicas incluindo a DS subjetiva. Para a avaliação da DS objetiva foi realizada a actigrafia de pulso por 1 semana (Actiwatch 2TM). A monitorização do sono portátil (Embletta GoldTM) foi realizada por 1 noite para avaliação da AOS. A DS foi estratificada nas categorias: <5hs, 5-6hs, 6-7hs (grupo referência) e >7hs. A AOS foi definida por um índice de apneia-hipopneia ≥15 eventos/hora. A HAS foi definida por uma PA ≥140x90mmHg ou pelo uso prévio de medicações anti-hipertensivas. O questionário CIS-R foi aplicado para a identificação de insonia moderada ou grave. Uma análise multivariada foi usada para determinar a associação independente das categorias de DS com HAS (desfecho primario) e PA (desfecho secundário). Fizemos ajustes progressivos para fatores de confusão incluindo idade, sexo, raça, indice de massa corpórea, alcoolismo, medicação anti-hipertensiva (usada apenas no modelo de ajuste para desfecho da PA), presença de insonia moderada/grave, eficiencia do sono e presença da AOS.

Resultados: Foram estudados 2.007 participantes (idade 49±8 anos; 42.6% homens). A frequencia de DS subjetiva <5hs,5-6hs, 6-7hs e >7hs foi 4.0, 43.3, 30.2 e 22.5% respectivamente. A frequencia de DS objetiva <5hs,5-6hs, 6-7hs e >7hs foi 5.5, 21.9, 41.4 e 31.2%, respectivamente. A AOS foi observada em 658 participantes (32.8%). A presença de insonia moderada ou grave foi identificada em 231 participantes (11.5%). A frequencia de HAS foi de 26.2% (525 participantes). Participantes com DS subjetiva e objetiva <5hs tiveram uma maior frequencia de HAS que os outros grupos. Consistentemente, as PAs sistolica e diastólica foram maiores no grupo com DS<5hs. No entanto, nenhuma catedoria de DS (subjetiva ou objetiva) foi independentemente associada com HAS ou com os niveis pressóricos quando considerados os fatores de confusão.

 

 

Conclusão: Tanto DS subjetiva ou objetiva não foram associadas com a HAS e niveis pressóricos na coorte ELSA-Brasil.

Palavras-chave: apneia obstrutiva do sono, duração do sono, hipertensão arterial.

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