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Adesão ao tratamento medicamentoso em idosos cardiopatas

Reis LC, Soares RAQ, Cardoso LGS
SANTA CASA DE SÃO PAULO - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução:  Estima-se que em 2025 haverá cerca  32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais (Brasil, 2010). Aumenta-se o aparecimento de doenças crônicas, dentre elas as cardiovasculares, levando ao uso contínuo de múltiplos medicamentos (polifarmacia). Esta, associada às características do envelhecimento, principalmente à alterações cognitivas e funcionais no idoso, podem levar à falhas no uso correto das medicações. As falhas compreendem o uso incorreto ou irracional das medicações prescritas, alteração da dosagem e/ou tempo, e fatores que resultam em uma não adesão ao tratamento medicamentoso (Arruda et al, 2015).

 Objetivos: Avaliar a adesão ao tratamento medicamentoso e o nível de fragilidade em idosos cardiopatas.

Método: Pesquisa de campo, descritiva, prospectiva, transversal e de abordagem quantitativa dos dados. Foram avaliados 32 idosos, maiores de 60 anos, atendidos no ambulatório de cardiologia, com condições cognitivas e que consentiram em participar da pesquisa(Brasil, 2012). A coleta de dados ocorreu no período de 01 de agosto a 30 de novembro de 2018 por meio de entrevista, com auxílio de formulários. As informações foram inseridas em um banco de dados e submetidas à análise estatística.

Resultado: Quanto ao perfil de idosos: a faixa etária predominante foram de idosos entre 60 a 74 anos (13 ou 56.3%); a maioria 18 (56.3%) eram mulheres; 31 (96.9%) eram portadores de HAS, diagnosticada entre 40 a 60 anos; 12 deles ( 37.5%) portadores de DM, 8 (25%) referiram IAM prévio e 5 (15.6%) uso de MP cardíaco. Além disso, 20 (62.5%) idosos eram portadores de 3 ou mais doenças crônicas.Com relação à adesão medicamentosa:13 (40.6%) relataram dificuldade para ler a embalagem e 5 (16.1%) para abrir ou fechar, no entanto 100% deles relataram que os medicamentos “funcionam bem”.

Conclusão: Quanto à adesão ao tratamento medicamento, foram identificadas barreiras de crença e recordação, sendo as mais frequentes o esquema de múltiplas doses e a dificuldade para ler a embalagem. Quanto ao nível de fragilidade, predominaram idosos frágeis e pré-frágeis. Conclui-se que a assistência ao idoso com cardiopatia requer um olhar ampliado, não somente às necessidades físicas, e baseadas em tratamento, mas à sua multidimensionalidade ( nas esferas físicas, mentais, sociais), para reconhecer e atuar sobre demandas reais, nesta população que indubitavelmente, será nosso maior público em todos os serviços de saúde. As limitações do estudo foram a pequena amostra e a impossibilidade de identificar as barreiras de regime no escore de problemas encontrados.

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