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Infarto Agudo do Miocárdio pós miocardite viral por Coronavírus subtipo 229E

Magalhães, M.J.L., Sampaio, M.C, Baruzzi, A.C.A, Silva, P.G.B, Furlan, V, Baptista, L.P.S, Farias, L.P.G, Guimarães, P.O, Garcia, J.C.T
Hospital Samaritano Paulista - São Paulo - São Paulo - Brazil

INTRODUÇÃO E FUNDAMENTOS: Dor torácica compreende um desafio diagnóstico principalmente quando os sintomas não são claros ou objetivos. Os protocolos de dor torácica contemplam bem a síndrome coronariana aguda de forma a otimizar o tempo até o diagnóstico e a imediata tomada de conduta terapêutica. A sobreposição entre lesão isquêmica e lesão inflamatória pode ocorrer em uma minoria dos casos tornado o diagnóstico diferencial ainda mais complexo. RELATO DE CASO: O caso em tela, versa sobre masculino de 43 anos, procedente de São Paulo, hipertenso, sem outros fatores de risco, com quadro gripal iniciado duas semanas e meia antes da admissão hospitalar por dor torácica Tipo B (provavelmente anginosas - TIMI Risk 02 - Heart Score 04) após esforço físico extenuante. Avaliado no protocolo de dor torácica, eletrocardiograma sugestivo de miocardite com elevação difusa do ponto J, infra de ST em aVR e distúrbio da repolarização ventricular em parede inferior, com curva de troponina adequada para o diagnóstico. À angiotomografia de coronárias, evidenciado lesão grave em Descedente Anterior (DA) com remodelamento positivo e realce tardio mesoepicárdico em segmento lateral apical. À cineangiocoronariografia, obstrução de 80% próximal em DA com alta carga trombótica. À Ressonância cardíaca, presença de realce tardio mesoepicárdico anterolateral médio e lateral apical e realce tardio focal subendocárdico anterior apical sugestivo de infarto embólico. Além desses achados, dosado sorologias virais, evidenciado positividade para Coronavírus subtipo 229E. Realizado follow-up de 04 meses com ressonância de controle demonstrando remissão do realce tardio mesoepicárdico com manutenção do realce tardio subendocárdico. DISCUSSÃO: o quadro clínico em questão nos sugere a possibilidade da coexistência de duas doenças. Uma miocardite viral prévia oligossintomática associado a instabilização de placa ateromatosa que, nas circustância apropriadas, evoluiu com Infarto Agudo do Miocárdio sem supra do segmento ST. Na literatura, está documentado que infecções virais, especialmente por influenza A e B, correspondem a um aumento de incidência em infarto agudo do miocárdio de até 5,78% por aumento do estado inflamatório e instabilidade de placa ateromatosa . Em contrapartida, dados sobre coronavírus nesse contexto são escassos muito embora sua correlação com miocardite já esteja bem documentada.

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