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Avaliação de um novo protocolo no Teste Ergométrico para desmascarar o padrão eletrocardiográfico de Brugada tipo 1. Podemos melhorar o diagnóstico?

Avaliação de um novo protocolo no Teste Ergométrico para desmascarar o padrão eletrocardiográfico de Brugada tipo 1. Podemos melhorar o diagnóstico? , Pichara, NL , Sacilotto L, Pretti PFF1, Martins PM, Olivetti Rossi, Barbosa, SA, Scanavacca M, W Chalela, Darrieux FCC
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A síndrome de Brugada (BrS) é uma canalopatia hereditária definida por uma elevação típica do segmento ST no eletrocardiograma (ECG), na ausência de causas secundárias. No entanto, o seu diagnóstico pode ser desafiador devido à natureza dinâmica deste padrão de elevação do segmento ST.                                                                                                       

 

Objetivo: Nosso objetivo foi determinar se o teste de esforço usando as DPD (ST das DPD) altas pode ajudar a desmascarar o padrão Brugada tipo 1 e melhorar o diagnóstico em comparação à abordagem padrão.

 

Métodos: Cinquenta e três dos 136 pacientes de uma coorte brasileira de BrS tipo 1 foram submetidos ao TE e avaliado o ST das DPD altas. Os protocolos de Bruce ou Ellestad foram utilizados com derivações V1 e V2 no 4º, 3º e 2º espaços intercostais (EIC). A elevação do segmento ST foi observada no período de repouso, durante o exercício máximo e na fase de recuperação passiva em decúbito dorsal horizontal. Foi comparado a detecção do padrão Brugada tipo 1 em derivações padrão versus DPD altas durante todo o teste de estresse. O teste de McNemar foi utilizado com o IBM-SPSS para Windows versão 22.0. O nível de significância foi estabelecido em p <0,05.

 

Resultados: Os pacientes eram predominantemente do sexo masculino (40/53; 75,5%), com idade média de 50,4 ± 13,8 anos, com padrão espontâneo de Brugada tipo 1 (33/53, 62,3%), com elevação intermitente do ST. Apenas 10/53 pacientes (18,9%) apresentaram padrão tipo 1 na fase de repouso quando eram colocados as DPD altas. Durante a fase de recuperação do teste ergométrico, utilizando o ST das DPD altas (2º e 3º EIC), um resultado positivo para o padrão Brugada tipo I foi estatisticamente maior do que com o posicionamento dos eletrodos na posição padrão (4º EIC) direito (45,3% vs. 28,3% , p = 0,022). Isso também ocorreu quando se juntou as fases de estresse e recuperação (45,1% vs. 29,4%, p = 0,039). Ao mesmo tempo, as alterações foram estatisticamente mais positivas com o teste de estresse em relação ao ECG de repouso, tanto usando o padrão (29,4% vs. 7,8%, p = 0,001) quanto o posicionamento dos eletrodos nas DPD altas (46,2% vs. 19,2 %, p <0,001).

 

Conclusão: O teste ergométrico utilizando derivações precordiais direitas alta com a posição de decúbito dorsal horizontal na fase de recuperação passiva oferece uma oportunidade para desmascarar o padrão Brugada tipo 1 e isso pode aumentar a utilidade deste protocolo, uma ferramenta inestimável e original para aumentar o rendimento diagnóstico nessa população.

 

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