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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Avaliação de constrição extrínseca na coronária descendente anterior de paciente com miocardiopatia dilatada – relato de caso.

Pedro Arthur Ferreira Borges, Frederico Lopes de Oliveira, Adriano Gonçalves de Araújo, Frederico da Costa Nacruth, Maurício Lopes Prudente, Flávio Passos Barbosa, Fernando Henrique Fernandes, Victor Eduardo de Almeida e França, Leonardo Veloso do Amaral, Giulliano Gardenghi
Hospital ENCORE - Aparecida de Goiânia - GO - Brasil

Introdução: A ocorrência de constrição coronariana é rara, apresentando discrepância quanto a sua incidência e um desafio diagnóstico anatômico e patológico, apesar das evoluções dos métodos de investigação coronariana. Objetivo: Relatar um caso de compressão coronariana extrínseca. Relato do Caso: Paciente masculino, 62 anos, com histórico de cardiopatia chagásica, com implante de ressincronizador e CDI há 3 anos, admitido com precordialgia há 3 dias irradiada para membro superior esquerdo, associada a dispneia leve, de início súbito, contínua e sem alívio com  analgésico. Não apresentava fatores de risco para doença arterial coronariana. Apresentava PA de 94/62 mmHg, FC de 62 bpm e ECG com ritmo atrial sinusal e ventricular de marcapasso. Exames de CK-MB, CPK e troponina positivos. Tratado com enoxaparina, aspirina, clopidogrel e encaminhado para coronariografia que evidenciou ausência de lesões obstrutivas coronarianas, constatando imagem negativa diastólica em faixa no terço médio e outra no terço distal de DA. Ecocardiograma com FEVE 23%(Simpson), dilatação importante de câmaras esquerdas, movimento assincrônico septal, discinesia apical, hipocinesia difusa, insuficiência mitral e tricúspide importantes. O paciente permaneceu assintomático após o tratamento inicial, recebendo alta com aspirina, carvedilol, espironolactona, losartana e furosemida. Posteriormente realizou angiotomografia de coronárias que demonstrou compressão extrínseca do gradil costal dos segmentos médio e distal da descendente anterior, com escore de cálcio zero. O paciente foi mantido em tratamento clínico e liberado para reabilitação cardíaca. Discussão: O desbalanço entre a oferta e consumo de oxigênio foi provocado pela associação entre a compressão coronariana extrínseca, causada pela cardiomegalia, e o aumento da tensão superficial, causado pela sobrecarga volumétrica e espasmos coronários. A angiotomografia pode demonstrar a profundidade da coronária no miocárdio, e neste caso evidenciou coronárias livres das fibras miocárdicas, contrastando com o estreitamento observado pela constrição extrínseca. Em pacientes sintomáticos preconiza-se tratamento com betabloqueador ou antagonista de canais de cálcio. A intervenção percutânea, restrição hídrica ou revascularização miocárdica são destinadas a pacientes que persistem com sintomas ou com provas funcionais positivas a despeito do tratamento clínico. Conclusão: Pouco se sabe sobre prognóstico dessa condição, entretanto a ausência de sintomas e a cintilografia de perfusão miocárdica negativa reforçam a terapêutica nesse paciente.

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