Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte. Dessa forma, campanhas de saúde que rastreiam fatores de risco e investigam o grau de conhecimento populacional são relevantes para o norteio de políticas públicas. Objetivo: identificar a diferença de conhecimento acerca dos fatores de risco cardiovasculares e dos hábitos entre homens e mulheres da população atendida. Métodos: foi feita coleta de dados por livre demanda. A coleta ocorreu por meio de um formulário online com questões sobre identificação, hábitos, antecedentes pessoais e familiares e o conhecimento acerca de fatores de risco. Os dados foram quantificados separadamente para posterior análise comparativa. Nos resultados, foi considerada a quantidade total de pessoas que responderam a cada questão analisada. Resultados: 64 homens e 88 mulheres; a idade média foi de 45,9 anos das mulheres e de 47,2 anos dos homens; a proporção de escolaridade (ensino fundamental:médio completo:médio incompleto:superior:analfabetos) foi de 22:32:6:27:0 considerando as mulheres e de 11:24:3:19:0, os homens. 48 mulheres e 35 homens se autodeclararam brancos; 39 mulheres e 24 homens, não brancos. Em relação aos hábitos, 68% das mulheres e 68% dos homens não são tabagistas; 11% (10) das mulheres e 3% (2) dos homens são tabagistas; 19% (17) das mulheres e 28% (17) dos homens são ex-tabagistas; a média total de anos-maço foi 21 entre as mulheres e 27,4 entre os homens. 38% das mulheres e 48% homens declararam praticar atividade física, no entanto, somente 23% das mulheres e 29% dos homens praticam por mais de 150 minutos por semana. Considerando os fatores de risco, 87% das mulheres e 73% dos homens sabiam da existência desses fatores. Sobre o reconhecimento de sinais e sintomas de um Infarto Agudo do Miocárdio, o mais citado foi “dor no peito” por 56% das mulheres e 70% dos homens, seguido por “falta de ar” por 22% das mulheres e 18% dos homens. Caso apresentassem sintomas de um IAM, 84% (73) das mulheres e 93% (55) dos homens iriam ao PS em menos de 6h; 16% (14) das mulheres e 7% (4) dos homens iriam em mais de 6h. Conclusão: Apesar de as mulheres indicarem maior conhecimento sobre os fatores de risco cardiovasculares, exceto no que se refere aos sinais e sintomas de um Infarto Agudo do Miocárdio, elas apresentaram mais sedentarismo que os homens. Eles apresentaram maior carga tabágica. Em ambos os sexos, a maioria buscaria um atendimento de emergência precocemente ao reconhecer sinais e sintomas de um Infarto Agudo do Miocárdio. No entanto, apesar do conhecimento, os hábitos são de risco.