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Análise epidemiológica de pacientes com menos de 50 anos com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento de ST em um hospital terciário do Distrito Federal em 13 anos

Isabella Frota de Oliveira Moreira, Letícia Fernandes de Sousa, Érica Renata Medeiros Cabral, Osório Luis Rangel de Almeida, José Carlos Quináglia e Silva, Andrei Carvalho Sposito
Hospital de Base - Brasília - DF - Brasil

Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) apresenta incidência crescente na população adulta mais jovem, porém ainda é escassa na literatura quais os fatores de risco que levam ao  IAM com supradesnivelamento de ST (IAMCSST) em pacientes com menos de 50 anos. O objetivo do estudo é avaliar o perfil epidemiológico e os fatores de risco responsáveis pelo IAMCSST em pacientes com menos de 50 anos atendidos em um hospital terciário do Distrito Federal entre 2006 e 2018. 

Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, utilizando dados coletados da Coorte Brazilian Heart Study realizada em um hospital terciário do Distrito Federal (CAA: 47145515.6.0000.5553). Variáveis analisadas: idade; sexo; horário, período do ano e localização do IAM; tabagismo; uso de drogas ilícitas; história familiar de evento cardiovascular; hipertensão arterial sistêmica (HAS); sedentarismo; Diabetes Mellitus e dislipidemia. 

Análise estatística: Descritiva pelo programa SPSS versão 20.0, aplicado o teste qui-quadrado, com intervalo de confiança de 95% e significância estatística para p <0,05. As variáveis numéricas com distribuição normal foram apresentadas na forma de média e desvio padrão; as variáveis numéricas com distribuição assimétrica são apresentadas na forma de mediana e variação interquartil; enquanto as variáveis categóricas são apresentadas na forma de frequências absolutas e relativas. 

Resultados: De 1104 pacientes da Coorte, 143 foram incluídos. A distribuição variável de incidência (gráfico 1), apresentou mediana de idade de 44 anos, 76,9% da população é do sexo masculino. Local mais comum do IAM: parede inferior (45%). Distribuição igual no outono, inverno e primavera. Horário predominantemente de 12h às 18h. Os principais fatores de risco (tabela 1) foram: história familiar positiva para evento cardiovascular (62,2%), tabagismo/ex-tabagismo (60,8%) e sedentarismo (56,6%). Conforme dados do Sistema de Informações Hospitalares do DATASUS, observou-se que a amostra pesquisada representou aproximadamente 10% das internações por IAM em pacientes com menos de 50 anos no serviço público do DF.

Conclusão: Neste estudo, os principais fatores de risco encontrados foram: tabagismo/ex-tabagismo, histórico familiar de evento cardiovascular, HAS, sedentarismo e dislipidemia. Os profissionais da saúde devem estimular ações de prevenção e promoção de saúde para extinguir os fatores de risco modificáveis encontrados. Entretanto, mais estudos são necessários para identificar as medidas mais eficazes nesse sentido.

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