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Atuação do farmacêutico clínico na profilaxia e tratamento de TEV em uma UTI Coronariana

Regina Queiroz Machtura, Sonia Lucena Cipriano, Mariana Cappelletti Galante, Juliana Soprani, Julia Sumie Nakaima Fugita, Luisa Fernanda Rossetto, Mariana de Freitas Fahl, Denis Dequian de Souza Silva, Erica de Souza
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: O Tromboembolismo Venoso (TEV) é considerado a terceira causa de morte de origem cardiovascular e na maioria dos casos é uma condição evitável ou tratável. Pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) apresentam alto risco para desenvolver TEV. Sendo assim, este trabalho buscou classificar as intervenções dos farmacêuticos clínicos na profilaxia e no tratamento de TEV em uma UTI Coronariana.

MÉTODOS: O estudo foi realizado no período de Janeiro a Dezembro de 2019, com pacientes internados em 26 leitos de uma UTI Coronariana de um hospital terciário especializado em Cardiopneumologia, com prescrição eletrônica implantada. As intervenções farmacêuticas relacionadas a profilaxia e tratamento de TEV foram contabilizadas e estratificadas conforme o tipo.

RESULTADOS: No período do estudo foram realizadas 156 intervenções farmacêuticas relacionadas a profilaxia e tratamento de TEV. A intervenção farmacêutica pode gerar alteração no medicamento prescrito e/ou posologia e isto ocorreu em 68% das intervenções. Em 29%, houve um consenso o farmacêutico clínico e a equipe médica, e, em 3%, a equipe médica não aceitou. As intervenções sobre a profilaxia de TEV contabilizaram 67, sendo 42% a indicação de prescrição de medicamento, 19% de ajuste da dose conforme função renal ou índice de massa corporal, 15% de ajuste na frequência da administração,12% de substituição do medicamento, 4,5% por duplicidade, 4,5% ausência/ajuste de posologia e, 3%, de outras intervenções. As intervenções sobre tratamento de TEV foram 89, sendo 44% de ajuste de dose conforme peso do paciente, 12% de ajuste de dose para idade igual ou superior a 75 anos,11% por solicitação de exames, 7% ausência/ajuste de posologia, 6%de substituição do medicamento, 4,5% de ajuste da dose conforme função renal, 3,4% de profilaxia para anticoagulação, 3,4% ajuste da frequência de administração, 3,4% conciliação de admissão e, 5,3% de outras intervenções.

CONCLUSÕES: A complexidade da farmacoterapia em unidades de terapia intensiva faz necessária a atuação clínica do farmacêutico a fim de impactar positivamente nos serviços, somando com equipe multiprofissional para melhores resultados clínicos, econômicos e humanísticos. A ação integrada deste profissional demonstrou impacto na qualidade da prescrição e segurança no processo de medicação do paciente, especialmente na indicação de introdução de profilaxia química e na adequação da dose no tratamento de TEV, contribuindo assim, para a prevenção de eventos adversos advindos do processo de internação hospitalar.

 

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