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Poliartrite como manifestação inicial de endocardite infecciosa - Relato de Caso

Marina Godoy dos Santos , Nagila Emmanoele Bernardo da Silva, Rafaela Seraphim Frare, Tibério Augusto Oliveira Costa, Tainá Momesso Lima, Vitória Franchini Melani, Murillo de Oliveira Antunes
Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus - Bragança Paulista - São Paulo - Brasil

 

Introdução: A endocardite infecciosa é uma patologia que resulta do acometimento do endocárdio, gerando a formação de vegetação valvar e disfunção cardíaca, podendo apresentar também manifestações sistêmicas. Queixas musculoesqueléticas associadas a febre, as quais são presentes neste caso, podem ser usualmente relacionadas ao início da endocardite infecciosa, essas podem mimetizar doenças reumatológicas, o que dificulta o diagnóstico, e ocorrem em cerca de 17 a 50% dos pacientes. Artralgia com artrite podem ocorrer no curso da endocardite, mais frequentemente como monoartrite e oligoartrite, porém o envolvimento poliarticular é raro. Há poucos relatos que abordam a poliartralgia e infecção articular como manifestação inicial da endocardite. Este é um relato de caso de um paciente com endocardite infecciosa.

Relato: S.M, 69 anos, masculino, chega ao serviço de saúde referindo dores articulares intensas e edemas bilaterais nos joelhos, ombro esquerdo e punho direito, febre não aferida e mal estar há 8 dias. Ao exame físico, destaca-se: Regular estado geral, fácies de dor, febril ao toque, edema e alteração de temperatura nas articulações citadas e importante limitação de movimento. Estava taquicárdico e apresentava também sopro sistólico em foco mitral. Foram solicitados exames laboratoriais e cultura da punção do líquido sinovial, que se apresentava purulento, e iniciado antibioticoterapia com vancomicina pensando em germe gram positivo, mais comum em artrites sépticas. Foi também submetido ao ecocardiograma, que revelou: vegetação de 12mm em valva mitral, perfuração do folheto mitral anterior e insuficiência mitral moderada. Após resultado da hemocultura positivo para estreptococos, foi trocado antibiótico para ampicilina e optado por tratamento conservador da endocardite até melhora clínica do paciente para cirurgia de troca valvar.

Conclusão: O caso relatado configura um quadro infrequente de manifestação inicial de endocardite. Mais estudos e relatos são indispensáveis para elucidar mecanismos fisiopatológicos e condutas que propiciem um diagnóstico precoce e reduzam a morbimortalidade.

 

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