Introdução: A despeito da melhora das técnicas cirúrgicas, do menor tempo de circulação extracorpórea e do manejo no pós operatório da cirurgia de revascularização do miocárdio, sabe-se que as complicações são fatores que aumentam o tempo de permanência hospitalar, os custos e a mortalidade.
Objetivos: O objetivo foi avaliar e estratificar as complicações mais frequentes em pós-operatório de CRM.
Material e métodos: Foi avaliado o banco de dados da UTI cardiológica, composta por 40 leitos para adultos. Foram analisados retrospectivamente 1478 pacientes submetidos à CRM no ano de 2019. A idade média de 62,4 anos, 69,9% do sexo masculino, 76,6% com IMC>24,9, EuroSCORE II (ES) médio de 3,92%.
Resultados: Entre todos os pacientes avaliados deste banco de dados, 20% (n=296) apresentaram alguma complicação. As complicações mais frequentes foram arritmias, correspondendo a 19% do total das complicações (n=84). As complicações pulmonares corresponderam a 15% (n=66) e terceira complicação mais frequente foi neurológica 8% (n=35). A imensa maioria das arritmias foi Fibrilação atrial 85% (n=71), que é a arritmia mais frequente e possui fácil manejo clínico.
Conclusões: As arritmias, em especial a Fibrilação atrial permanece sendo a principal complicação do pós operatório da cirurgia cardíaca em geral, variando sua incidência conforme o centro de 30 a 60% dos pacientes.