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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Frequência e conhecimento de hipertensão numa amostra de visitantes de um shopping em Luanda, Angola.

Henrique Cotchi Simbo Muela, Crislaine Catarina Ntonha Teixeira, Júlia Kerina Manuel José, Capela António Dicazeco Pascoal, Carlos Manuel Jacinto, António Gerson Bastos Francisco, Isaura da Conceição Almeida Lopes
Faculdade de Medicina, Universidade Agostinho Neto - Luanda - Angola - Angola

INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial é um importante desafio de saude publica no mundo. Informação sobre o fardo de doenças de hipertensão é essencial para o desenvolvimento de estratégias efetivas de tratamento e controlo. Estudos sobre prevalência e conhecimento de hipertensão na Africa subsariana e especialmente em Angola ainda são escassos. 

OBJETIVO: Avaliar a frequência e conhecimento de hipertensão numa amostra de individuos que visitaram o shopping em Luanda durante o periodo do estudo.

METODOLOGIA: Foi feito estudo transversal numa amostra de individuos que passaram pelo shopping durante o periodo do estudo. Os dados foram coletados por um grupo de estudantes da Faculdade de Medicina, previamente treinados para o efeito por meio de uma entrevidas aos participantes incluindo os dados sociodemográficos e história de hipertensão arterial. O peso e a altura foram autorreferidas. A pressão arterial foi medida com esfigmomanómetro semi-automático (Omron®, Modelo HEM-7131-E). Cada inquirido era mantido na posição sentada em um ambiente aberto e confortável. Após um período de repouso 5 minutos, foram feitas três medidas num dos braços com intervalo de 1 minuto entre elas e as médias das três medições foram consideradas como os valores da pressão arterial sistólica e diastólica de cada indivíduo respetivamente. A hipertensão foi definida como pressão arterial maior ou igual a 140/90 mmHg ou uso de medicação.

RESULTADOS: O estudo incluiu 454 indivíduos (76% de homens e 24% de mulheres), idade média de 39,1±11,2 anos (homens: 39,1±11,2  vs. mulheres: 38,8±11,6) e 99,6% negros. A frequência de hipertensão foi de 26,4% na amostra estudada. De todos os hipertensos (122 pacientes), 65 (53,3%) sabiam da sua condição e destes, 46 (70,1%) faziam uso de medicação anti-hipertensiva. A hipertensão estava controlada em apenas 29 pacientes sob uso de medicação. Cerca de 90 (20%) de toda amostra com uma idade média de 34±9 anos, nunca tinham medida a pressão arterial ao longo da sua vida e destes 10% tinham diagnóstico de hipertensão arterial.

CONCLUSÃO: A frequência de hipertensão foi elevada; o conhecimento, tratamento e controlo baixos. O presente estudo reforça a necessidade de restreios rotineiros de doenças crônicas como a hipertensão arterial para o seu diagnóstico e tratamento precoces.  

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