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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Fatores preditores de fraqueza muscular inspiratória e associação com a força muscular periférica em pacientes com insuficiência cardíaca crônica

Andrade, GN, Nascimento, JA, Umeda, IIK, Nakagawa, NK
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - São Paulo - São Paulo - Brasil, INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: A fraqueza muscular respiratória tem papel importante na intolerância ao exercício e na sensação de dispneia em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). Buscando entender os fatores preditores de fraqueza muscular em pacientes com IC, Nakagawa et al. (2020) observaram que a combinação da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), da pressão arterial sistólica (PAS) e da carga tabágica (maços/ano) poderiam predizer fraqueza muscular inspiratória em pacientes com IC. Poucos estudos avaliaram a associação da força muscular periférica com a força muscular respiratória. Objetivos: Avaliar se há associação entre força muscular respiratória e força muscular periférica em pacientes com IC com FEVE reduzida e avaliar a capacidade preditora da equação de Nakagawa et al. (2020) de fraqueza muscular inspiratória nestes pacientes. Métodos: Avaliamos 40 pacientes com IC(classe funcional NYHA II e III, FEVE ≤ 40%, idade média de 58 ± 13 anos, 26 homens). Realizamos os testes de força muscular respiratória e periférica com o paciente sentado e registramos o maior valor em cada teste (3 repetições para cada teste, e se última mensuração fosse o maior valor do teste, uma quarta repetição foi realizada). Para quantificar a força muscular respiratória utilizamos um manovacuômetro analógico (Wika, São Paulo, SP) e determinamos a pressão inspiratória máxima (PImáx) obtida a partir do volume residual e a pressão expiratória máxima (PEmáx) a partir da capacidade pulmonar total. Quanto à força muscular periférica, avaliamos a força de preensão palmar por meio do dinamômetro Jamar hidráulico (Sammons Preston Rolyan, IL, EUA) e a força isométrica de extensão do joelho por meio do dinamômetro portátil Microfet 2 (Hoggan Scientific LLC, UT, EUA). Resultados: Por meio do Coeficiente de Correlação de Pearson, observamos associação entreforça de preensão do membro superior dominante e PImáx (r=0,48 e p=0,002); entre força de preensão do membro superior não dominante e PImáx (r=0,64 e p<0,001) e PEmáx (r=0,42 e p=0,006); entre força de extensão do quadríceps direito e PImáx (r=0,60 e p<0,001) e PEmáx (r=0,41 e p=0,015); e entre força de extensão do quadríceps esquerdo e PImáx (r=0,65 e p<0,001). Houve correlação entre a equação preditora de fraqueza muscular inspiratória e os casos reais de fraqueza de 0,324 por meio da correlação de Kappa. Conclusão: A IC é uma doença sistêmica e observamos associação positiva moderada entre a força muscular inspiratória e a força muscular periférica (preensão palmar e extensão de quadríceps).

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