Introdução: A Odontologia assume grande importância nas ações preventivas, eliminação de processos inflamatórios e infecciosos que possam contribuir para prejuízos aos pacientes com cardiopatas congênitos, grupo de alto risco para Endocardite Infecciosa (EI), segundo a American Heart Association (AHA). Para tanto, devem ser realizadas condutas mínimas de intervenção Odontológica preventiva e curativa para evitar complicações cardíacas graves e comprometimentos sistêmicos. Relato de caso: Paciente gênero feminino, 4 anos, portadora de Isomerismo Atrial esquerdo, Atresia Tricúspide, Comunicação inter Atrial do Seio Venoso, Comunicação inter Ventricular, Estenose Pulmonar e disfunção sistólica do ventrículo principal, em programação para cirurgia cardíaca, e internada com diagnóstico de abcesso cerebral. Após drenagem do abcesso e coleta de hemocultura, foi solicitado avaliação odontológica. Ao exame clínico intra oral, foram detectadas múltiplas cáries dentárias e inflamação gengival generalizada com indicação de tratamento odontológico sob anestesia geral, para remoção de focos infecciosos bucais. O tratamento odontológico foi realizado no Centro Cirúrgico sob anestesia geral e adminstrado antibiótico profilático uma hora antes do procedimento para prevenção de EI. Foi realizado remoção de cáries dentárias, posteriormente restaurados com resina composta e exodontias que foram suturadas com fio absorvível. Ao término do tratamento odontológico, a paciente foi extubada e encaminhada para a sala de recuperação pós anestésica, sem intercorrências. A paciente foi então, liberada para a realização da cirurgia cardíaca. Considerações finais: A remoção de focos infecciosos bucais pode evitar prejuízos ou agravo do quadro clínico cardíaco, principalmente em pacientes de alto risco de EI e sempre deve ser realizada orientação de higiene bucal como método preventivo.