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Desfechos clínicos a longo prazo em crianças e adolescentes (≤18anos) com estenose da artéria renal do rim transplantado

Ana Carolina Buso Faccinetto, Gustavo R. Feitosa Santos, Attílio Galhardo, Gabriel Kanhouche, Henry Orellana, Manoela Linhares, Hélio Tedesco, José Medina Pestana, Célia Maria Camelo Silva, Adriano H. P. Barbosa
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil, HOSPITAL DO RIM - - SP - BRASIL

Introdução:Estenose da artéria do rim transplantado (EART)é a principal complicação do pós transplante e pode requerer intervenção percutânea.A incidência de EART em ≤18anos é entre 5-9%.

Objetivos:Avaliar efeitos a longo prazo da intervenção percutânea em pacientes com ≤18anos com EART.

Métodos:Estudo retrospectivo,longitudinal e unicêntrico.Entre janeiro de 2007 a dezembro de 2014, 38 pacientes com ≤18anos e suspeita de EART realizaram angiografia renal sendo 2 pacientes excluídos(estenose complexa não angioplastada).Destes,20 apresentavam estenose significativa >50% sendo submetidos a angiografia e implante de stent renal(EART+),os 16 restantes não apresentaram estenose significativa ≤50% mantidos apenas em tratamento clínico(EART-).O tempo médio de seguimento foi 7,6(4-11)anos.Desfechos primários combinados foram morte e falência de enxerto e os secundários foram parâmetros clínicos e laboratoriais:níveis séricos de creatinina (Scr),pressão arterial sistólica(PAS)e diastólica(PAD).Todos os pacientes foram reavaliados em 1mês e 1ano após arteriografia.

Resultados:Comparando-se os grupos observou-se respectivamente EART+(N= 20) vs EART-(N=16),mediana de idade 14,7±3,29 vs15,5±1,96 anos p=0,23,predomínio do sexo masculino 11(55%)vs15(93,7%)p=0,01,índice de massa corporal 19,17vs19,11 p=0,95,tempo de diálise pré-transplante 14,85±6,25 vs 9,93±5,53 p=0,01 meses,doença que causou o transplante renal foi indeterminada 7(35%) vs 4(25%)p=0,936,com um tempo médio de transplante de 11,3 vs14,9 p=0,67meses,doador falecido foi 20(100%) vs13(81,25%) p=0,043,tempo de preservação de órgão166 vs 41,6min p=0,68,tempo de isquemia fria 24,92 vs 21,8 hs p=0,11.A imunossupressão terapêutica foi utilizada por 34(94,44%)e 24(66,67%)apresentaram hipertensão sendo todos tratados.No seguimento EART+ e EART-,respectivamente, encontraram 1 vs 0 óbitos p=0,495 e 4 vs 2 falha de enxertos p=0,49.Não houve diferença estatística nos desfechos primários.O nível Scr pré-procedimento foi de 1,68 vs 1,87mg/dl p=0,96, PAS e PAD foi respectivamente 134 vs 129mmHg p=0,58, 87 vs 79mmHg p=0,14 e os desfechos secundários foram após 1mês de EART+vsEART- 1,64 vs 1,65mg/dl p=0,55,PAS 126 vs 130 mmHg p=0,80,PAD 79 vs 75 mmHg p=0,33 e após 1ano: Scr 1,45 vs 1,46mg/dl p=0,15, PAS 128 vs 118mmHg p=0,16 e PAD 80 vs 76mmHg p=0,46.

Conclusão:Ambos os grupos obtiveram desfechos primários semelhantes e houve melhora dos níveis de Scr e PA em 1mês e 1ano.Podemos especular que,sem a intervenção percutânea,os pacientes com EART+ evoluiriam pior.Por ser uma amostra específica,novos estudos são necessários.

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