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Conquistando 1% de mortalidade nas cirurgias de revascularização miocárdica através de um Programa de Melhoria Contínua da Qualidade

Omar AV Mejia, Luiz AF Lisboa, Luís RP Dallan, Bruno M Mioto, Felipe G Lima, Cibele L Garzillo, Alexandre M Soeiro, Luiz AM Cesar, Luís AO Dallan, Fábio B Jatene
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Objetivo

A implementação de um Programa de Melhoria Contínua da Qualidade (PMCQ) tem impactado nos resultados na Cirurgia Cardiovascular. No entanto faltam evidências do seu real benefício no nosso cenário. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto de um PMCQ na redução da mortalidade após cirurgia de revascularização miocárdica (CRM).

Método

Análise observacional e transversal do banco de dados do Instituto do Coração do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor) no período entre Jul-2013 e Jun-2019. No meio deste período, em 2016, foi estabelecido o PMCQ do InCor com foco na redução da mortalidade cirúrgica. Entre as medidas deste programa, estão a apresentação pública e mensal dos resultados, a realização obrigatória do Checklist cirúrgico, o estabelecimento do ambulatório clínico-cirúrgico, a avaliação da causa raiz da mortalidade cirúrgica, o desenvolvimento de Pesquisa em Qualidade e Segurança e a discussão multidisciplinar do momento ideal para abordagem dos pacientes da urgência. Para analise do impacto deste programa, foram avaliados os volumes e as mortalidades das CRM por semestres. As cirurgias de emergência foram excluídas desta análise.

Resultado

No total foram realizadas 3673 CRM no período. O volume médio de cirurgias realizadas por semestre foi de 306. A taxa média de mortalidade correspondente ao período estudado foi de 5%. Sendo 5,4% no período antes do PMCQ e 3,5% no período após o PMCQ (p=0,004). Após a consolidação do PMCQ a mortalidade foi diminuindo progressivamente de 4% para 3% chegando a alcançar 1% no ultimo semestre. Além disso não houve diferença significativa em relação aos volumes cirúrgicos e a gravidade dos pacientes (avaliada pelo EuroSCORE II) entre os períodos antes e depois do estabelecimento do PMCQ.

Conclusão

Conquistar a meta de 1% de mortalidade na CRM isolada primária foi possível no nosso cenário. Estes resultados nos fornecem um desafio ainda maior, a do escalonamento do PMCQ em nível nacional. 

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