SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

RELATO DE CASO: FÍSTULA CORONARIANA DIREITA COM DRENAGEM PARA SEIO VENOSO

CAMILA VIERO MARTINS, FLÁVIO HENRIQUE SILVA ZAGO, MAYRA RIBEIRO PEDRO, NATASHA CASTELI BONFIM, LUCIANO VACCARI GRASSI, AUGUSTO CARDINALLI NETO, PAULO ROBERTO NOGUEIRA
FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - - SP - BRASIL

Introdução: As fístulas coronarianas representam um defeito cardíaco extremamente raro, cuja prevalência na população geral é de aproximadamente de 0,002%. Em geral, os pacientes apresentam-se assintomáticos; nos sintomáticos, as manifestações ocorrem por sobrecarga de volume ou por roubo de fluxo coronariano.

Relato de caso: Paciente feminina, 67 anos, é portadora de hipertensão arterial sistêmica, hipotireoidismo, fibrilação atrial permanente e relata diagnóstico de sopro cardíaco desde a infância. Encaminhada ao serviço terciário de Cardiologia devido a imagem sugestiva de fístula coronariana evidenciada em Ecocardiograma Transtorácico (ETT) de rotina. Encontra-se assintomática do ponto de vista cardiovascular. Ao exame físico, normotensa, ritmo cardíaco irregular, bulhas normofonéticas, com sopro sistodiastólico 3+/6+ em focos da base. Eletrocardiograma: ritmo de fibrilação atrial e frequência cardíaca de 60 batimentos por minuto, normal para idade e biotipo. Radiografia de tórax: cardiomegalia, sinais de hipertensão venosa pulmonar e alargamento de aorta torácica. ETT: dilatação da artéria coronária direita (1,2 cm), com fluxo doppler turbulento no seu interior e seio coronariano dilatado com fluxo doppler sistodiastólico turbulento e acelerado, moderado aumento dos diâmetros do ventrículo esquerdo (VE), com função contrátil preservada. Ecocardiograma Transesofágico: discreto aumento de câmaras direitas sem disfunção e pressão sistólica de ventrículo direito de 39 mmHg. Cintilografia miocárdica: sem sinais de isquemia. Angiotomografia Coronariana: artéria coronária direita ectasiada (óstio: 11 mm), tortuosidade difusa e comunicação do trecho distal da artéria ventricular posterior com o seio coronário. Após discussão com heart team, foi optado por tratamento conservador, pois a paciente apresentava-se assintomática, com baixo risco de complicações e sem repercussão hemodinâmica significativa secundária à fistula. Atualmente mantém-se assintomática em seguimento ambulatorial.  

Conclusão: dada a baixa casuística na literatura, não se permite definir conduta padronizada. O tratamento invasivo percutâneo ou cirúrgico fica reservado a casos com sintomas de isquemia por roubo de fluxo coronariano e repercussão hemodinâmica associada. No caso relatado, em virtude da ausência de complicadores e boa evolução ambulatorial após 4 anos do diagnóstico, o tratamento conservador encontra-se bem indicado. 

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo