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Determinantes da intenção de tomar anti-hipertensivos orais: uma aplicação da Teoria do Comportamento Planejado

Taciana da Costa Farias Almeida, Mailson Marques Sousa, Bernadete de Lourdes André Gouveia, Ricardo Olinda, Simone Helena dos Santos Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA - - PB - BRASIL

A adesão à medicação, comportamento relacionado à tomada dos medicamentos prescritos e um desafio para o tratamento da hipertensão arterial sistêmica. A Teoria do Comportamento Planejado afirma que as intenções são as precursoras do comportamento e, já que as pessoas apresentam um grau suficiente de controle real sobre o comportamento, espera-se que elas cumpram as suas intenções quando a oportunidade surgir. Esta intenção é formada pelos seus determinantes (atitude, norma subjetiva e controle comportamental percebido), podendo ser acrescidos do comportamento passado. Objetivo: Identificar os fatores psicossociais que influenciam a intenção comportamental de ‘tomar os comprimidos prescritos para o controle da hipertensão arterial’, com base na Teoria do Comportamento Planejado. Método: Estudo descritivo, transversal e quantitativo. Participaram indivíduos com hipertensão arterial sistêmica em acompanhamento ambulatorial de um hospital público do Estado da Paraíba, de março a abril de 2019. Aplicou-se um questionário construído e validado a uma amostra de 220 participantes. Utilizaram-se os Testes Qui-Quadrado e Exato de Fisher, correlação de Spearman e Regressões Logísticas Múltiplas para as análises dos dados. Resultados: Os participantes apresentaram alta intenção de tomar os anti-hipertensivos, e os constructos da teoria (Atitude, Crenças Comportamentais, Norma Subjetiva, Crenças Normativas, Controle Comportamental Percebido e Crenças Comportamentais), adicionados do Comportamento Passado apresentaram associação estatística significativa (p<0,001), com forças de magnitude que variaram de fraca, moderada a forte, para a medida de intenção. Os preditores crenças comportamentais (ß=0,0432; p=0,0364), norma subjetiva (ß= -1,5708; p<0,01) e controle comportamental percebido (ß=2,2809; p=0,0028) foram considerados determinantes da intenção comportamental e explicaram a intenção comportamental em 33% (R2=0,33). Conclusão: Crenças comportamentais, norma subjetiva e controle comportamental percebido são determinantes psicossociais significativos da tomada dos anti-hipertensivos, sendo a variabilidade desta intenção mais bem explicada por esses fatores conjuntamente. Estes constructos devem ser valorizados, individualmente e em conjunto, especialmente a norma subjetiva, uma vez que esta apresentou ação protetora no modelo explicativo da intenção comportamental.

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