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Paciente oncológico com alto risco de sangramento submetido a angioplastia coronariana com stent farmacológico sem polímero: relato de caso

Lucas Trindade Cantu Ribeiro, Rodrigo Noronha Campos, Aline Sabrina H. T. Moraes, Ana Carolina Noronha C. Berbel, Juliana Correa de Oliveira, Felipe Magaldi, Amanda Karani, Fernando Cotait Maluf, José Armando Mangione
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO. Pacientes oncológicos possuem elevada prevalência de doenças cardiovasculares, assim como também apresentam alta incidência de fenômenos tromboembólicos. Entretanto, tais pacientes apresentam elevada taxa de sangramentos. O tratamento de populações com alto risco de sangramento que apresentam necessidade de terapia antiplaquetária dupla (TAD) e/ou anticoagulação oral (ACO) permanece controverso na literatura. Relatamos o caso de um paciente oncológico, portador de tumor renal em uso de anticoagulantes orais diretos por trombose arterial aguda de membros inferiores, que apresenta síndrome coronariana aguda (SCA), sendo submetido a intervenção coronariana percutânea (ICP).

RELATO DE CASO. Paciente J.T.G., masculino, 72 anos, com diagnóstico de carcinoma de células claras renais, em progressão de doença, apesar de ressecção tumoral e tratamento antineoplásico com interleucina-2, Pazopanibe, Nivolumabe e Sunitinibe. Durante evolução, apresentou trombose aguda em membro inferior esquerdo, sendo submetido a angioplastia e uso de ACO com Dabigatrana. Interna em janeiro de 2019, com quadro de edema agudo de pulmão secundário a episódio de SCA. Realizada angiocoronariografia de urgência, sendo identificada obstrução aterosclerótica aguda em artéria descendente anterior e primeira artéria diagonal. Devido ao alto risco de sangramento e necessidade de tripla terapia no momento – TAD associado a ACO – optado por ICP com uso de stents farmacológicos (SF) sem polímero, além do uso de ácido acetilsalicílico (AAS), Clopidogrel e manutenção de Dabigatrana. Paciente evolui satisfatoriamente após ICP, permanecendo estável do ponto de vista hemodinâmico e cardiovascular, não apresentando sangramentos clinicamente significantes. Recebe alta após 13 dias de internação, mantendo tripla terapia, sendo suspenso AAS após 30 dias, mantidos Clopidogrel e Dabigratana.

 

CONCLUSÃO. O desenvolvimento de novos SF, essencialmente stents sem polímeros, com melhor perfil de segurança e eficácia em comparação aos stents convencionais, principal opção para tratamento de pacientes com alto risco de sangramento submetidos à ICP devido ao menor tempo de TAD, mostrou resultados superiores relacionados a diminuição de eventos cardiovasculares. A utilização de estratégias  clínicas e intervencionistas que evitem descontinuidade de terapias antitrombóticas e anticoagulantes é essencial para otimização do prognósticos dos pacientes, principalmente aqueles de maior risco, como pacientes portadores de doença oncológica.

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