Introdução: A restrição do consumo de sal na dieta para pessoas com insuficiência cardíaca (IC) é uma medida de autocuidado adjuvante para atenuar quadros de congestão pulmonar. Entretanto, essa recomendação não farmacológica apresenta baixa adesão em pessoas com IC. Nesse sentido, a comunicação persuasiva insere-se como uma estratégia de intervenção para influenciar normas, atitudes e crenças individuais sobre o comportamento que se almeja alcançar. Objetivo: Elaborar e validar uma comunicação persuasiva, de curta duração, no formato audiovisual, para motivar a intenção de reduzir o consumo de sal na dieta em pessoas com IC. Método: Estudo de natureza tecnológica, no qual foram seguidas as etapas de pré-produção, produção e pós-produção. Realizou-se validação de conteúdo e aparência com especialistas na área da saúde e comunicação. Aplicou-se o Índice de Validade de Conteúdo (IVC). Resultados: A partir de levantamento de crenças de pessoas com IC relacionadas à redução de sal ancorado no referencial teórico da Teoria do Comportamento Planejado, a mídia audiovisual possui 42 telas com três minutos e onze segundos de duração, apresenta uma linguagem de fácil compreensão, com ilustrações para facilitar o entendimento, animações, argumentos motivacionais, informações sobre a definição da IC, dados epidemiológicos, principais sinais e sintomas da IC, as vantagens sobre a redução do consumo de sal e as consequências da sua ingesta excessiva. Ressalta a importância dos referentes sociais como agentes de apoio para seguir uma dieta com baixo consumo de sal, medidas que podem facilitar a redução do sal, orientações para substituição do sal e mensagens para a adoção e capacidade de enfrentamento em seguir uma dieta com baixo teor de sal. Oito profissionais da área da saúde (5 enfermeiros, 2 médicos cardiologistas e 1 nutricionista) participaram da validação de conteúdo e três da área de comunicação (2 professores e 1 em mídias digitas) para validação da aparência. Os especialistas concordaram, em unanimidade, com os critérios de avaliação para o público-alvo, linguagem, harmonia, ilustrações, narração e estratégia de persuasão. O IVC mostrou-se satisfatório com concordância de 97%. Conclusão: A comunicação persuasiva no formato audiovisual foi considerada válida quanto ao conteúdo e aparência, tornando-se uma ferramenta para potencializar o autocuidado de pessoas com IC. Espera-se modelar as crenças negativas em positivas contribuindo para fomentar a adesão à terapêutica, estabilidade clínica e qualidade de vida.
