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Uso da polifarmácia em idosos hospitalizados por insuficiência cardíaca descompensada

Debora Cristine Previde Teixeira da Cunha, Siomara Tavares Fernandes Yamaguti, Adriana Fatima Dutra
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

Introdução

Entre as doenças cardiovasculares (DCV) que mais causam internação hospitalares e impactam diretamente na saúde pública mundial, podemos citar a insuficiência cardíaca (IC). Por ser uma síndrome terminal da maioria das doenças DCV, os idosos são os mais acometidos com essa síndrome, o regime terapêutico é rigoroso com o uso da polifarmácia, prescrição de cinco ou mais fármacos. Atualmente, se tem discutido sobre o termo “choosing widely” que envolve a prescrição consciente de fármacos para a população idosa, visto que a polifarmácia aumentam as chances de reações adversas, quedas, sangramentos e declínio cognitivo. Nosso objetivo foi caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico de idosos hospitalizados por IC descompensada e avaliar o número de medicamentos prescritos após a alta hospitalar.

Método

Trata-se de um estudo transversal e descritivo realizado em um hospital particular em São Paulo. Foram inseridos em nosso estudo, pacientes idosos (60 anos ou mais); de ambos os sexos; independente da raça; internado com o diagnóstico de IC descompensada informado no prontuário médico no período de julho de 2018 a julho 2019. A caracterização sociodemográfica e clínica foram obtidas por meio de um questionário estruturado validado para um programa desenvolvido na instituição. Os dados foram processados e analisados usando o programa IBM SPSS versão 25.0 para Windows.

Resultados

Participaram do nosso estudo 45 pacientes. Na tabela 1 encontra-se a caracterização sociodemográfica e clínica.

Tabela 1: Caracterização sociodemográfica e clínica dos 45 participantes. São Paulo, 2018-2019.

Variáveis

Média(DP)/Número (%)

Mediana

Idade

83,1(6,6)

85,0(63-92)

Sexo

Feminino

 

23(51,1)

 

Dias de internação

18,9(19,1)

 

Número de comorbidades

3,0(1,3)

3,0(1-6)

Fração Ejeção Ventrículo Esquerdo

40,2(16,1)

 

Total de medicamentos

8,9(3,7)

9,0(2-18)

Em relação à alta hospitalar, 93% dos participantes voltaram aos seus domicílios sem homecare. As comorbidades mais comuns foram: hipertensão arterial sistêmica (80%), insuficiência renal crônica (40%), seguido por doença arterial coronariana (26,7%) e dislipidemia (24,4%).

Conclusões

Pacientes idosos internados por IC descompensada recebem alta hospitalar com 8,9 fármacos prescritos em média. Cabe à equipe multidisciplinar avaliar o risco/benefício da polifarmácia na terapêutica individual do paciente, orientar paciente/familiares sobre o gerenciamento desses medicamentos, visto que a maioria recebe alta para casa sem auxílio de homecare,

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