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FÍSTULA CORONÁRIO-CAVITÁRIA ENTRE ARTÉRIA DESCENDENTE ANTERIOR E VENTRÍCULO DIREITO PÓS INTERVENÇÃO CORONARIANA PERCUTÂNEA: RELATO DE CASO

SOUTO, IAF., OLIVEIRA, KCG, DUTRA, VR, SILVA, BHA, RITOSSA, LAS, GARCEZ, MM, SANTOS, BP, OLIVEIRA, FR, CARDOSO, GL, MARTINO, F
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO - Uberaba - Minas Gerais - Brasil

Introdução: A fístula arterial coronariana é uma comunicação anormal entre uma artéria coronária e uma das câmaras cardíacas ou outros vasos. Essa comunicação pode ser congênita ou adquirida (decorrente de traumas, secundária a doenças cardíacas estruturais ou iatrogênica) e, geralmente, é assintomática. No entanto, fístulas de alto débito ou que determinam instabilidade hemodinâmica ao paciente podem levar a quadro de insuficiência cardíaca, isquemia miocárdica, tamponamento cardíaco (TC) e arritmias complexas, necessitando de intervenção precoce, com abordagem cirúrgica ou percutânea. Relato de Caso: Paciente masculino, 64 anos, hipertenso, diabético, dislipidêmico, ex-tabagista e portador de doença arterial coronariana (DAC), com histórico de infarto agudo do miocárdio (IAM) com implante de stent coronariano convencional na artéria descendente anterior (ADA). Encaminhado a um hospital de clínicas, em outubro de 2018, para realizar uma cineangiocoronariografia eletiva, devido a dor torácica anginosa. Esse procedimento evidenciou a presença de reestenose intra-stent da ADA, sendo realizada angioplastia transluminal coronária percutânea (PTCA) ad hoc, com implante de stent farmacológico. Durante o procedimento, ocorreu a formação de uma fístula entre a borda distal do stent de ADA e o ventrículo direito (VD), sem fechamento mesmo após implante de um segundo stent farmacológico. O ecocardiograma, pós-procedimento imediato, mostrou fluxo com trajeto intramuscular, no terço médio do septo interventricular com pertuito medindo cerca de 3 mm de diâmetro. Foi, então, indicado o implante de stent revestido de politetrafluoretileno, sendo este realizado sem intercorrências, três dias após o evento. Após 24 horas da intervenção coronariana percutânea (ICP), foi realizado novo ecocardiograma que confirmou ausência de shunt coronário-cavitária. Em setembro de 2019, devido a recorrência do quadro anginoso, foi submetido a nova cineangiocoronariografia que evidenciou obstrução grave por nova reestenose intra-stent revestido. Foi submetido a PTCA com implante de dois stents farmacológicos, assintomático desde então. Conclusão: Apesar de baixa incidência (0,1 a 0,84%) a fístula arterial coronariana, decorrente de ICP, pode levar a graves complicações como oclusão arterial aguda, infarto agudo do miocárdio, TC e morte. Dessa forma, a identificação e o tratamento precoce são de fundamental importância para a prevenção de tais complicações, causando menor comprometimento na qualidade de vida dos pacientes acometidos.

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