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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

O que os alunos de escola pública e particular da cidade de São Paulo sabem sobre alimentação saudável?

Ana Paula de Queiroz Mello, Matheus Tavares, Naila Maria Banduk Grodzicki, Larissa Defini de Campos
Centro Universitário São Camilo - São Paulo - SP - Brasil

INTRODUÇÃO: A adolescência é um período de grandes mudanças, que o indivíduo começa a ter maior autonomia em relação às escolhas alimentares e formação dos hábitos. É importante que haja incentivos para uma alimentação equilibrada, para crescimento e desenvolvimento adequados e prevenção de obesidade e doenças cardiovasculares nas faixas etárias cada vez mais precoces. OBJETIVO: Identificar percepção sobre alimentação saudável de adolescentes matriculados em escola pública e particular em SP-SP. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, sem intervenção, com aplicação de um questionário eletrônico sobre alimentação saudável entre adolescentes. A amostra foi composta por alunos de ambos os sexos, de 12-15 anos, dos 7º-9º anos do ensino fundamental, de escolas pública e particular na zona sul. Após a entrega do termo de consentimento assinado pelos pais, os alunos responderam um questionário online sobre identificação pessoal e 45 perguntas sobre alimentação. RESULTADOS: A amostra foi composta por 108 alunos (53 escola pública e 55 particular) com a idade de 13,5±0,8 anos, 35,2% (n=38) meninos e 64,8% (n=70) meninas. A partir da amostra total, 18,5% (n=20) relataram diagnóstico de doença crônica, e 36,1% (n=39) já tinham recebido orientação nutricional. Aproximadamente, 42% dos alunos da escola particular relataram consumo de arroz e feijão diariamente, e 85% dos alunos da pública (p<0,001). Na amostra total, os alunos acertaram de 27-95% das questões relacionadas ao conhecimento sobre alimentação saudável, sendo, que o número de acertos médio foi de 63%. Na escola pública, os alunos acertaram, em média, 56% das questões, e na particular, 70% (p<0,001). As questões sobre relação alimento-doença, carboidratos, gorduras, proteína, caloria, sal e açúcar tiveram maior acerto entre os alunos da escola particular comparada à pública (p<0,05). CONCLUSÃO: Podemos concluir que os alunos da escola particular apresentaram melhor desempenho teórico comparada à pública. Apesar da diferença da pontuação entre as escolas, em média, os alunos ainda se encontram abaixo de 70% de acertos. Estes fatos podem refletir facilidade de acesso ao serviço de saúde, e características sócio-econômicas distintas. Acredita-se que estratégias envolvendo educação alimentar e nutricional nas escolas se fazem necessárias para melhorar a prevenção e controle da obesidade e das doenças cardiovasculares no futuro.

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