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Cuidados paliativos e a multidisciplinaridade: contribuição para um cuidado efetivo

APA Moraes, RAQ Soares
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: O termo cuidados paliativos é utilizado para designar a ação de uma equipe multiprofissional à pacientes fora de possibilidades terapêuticas de cura, baseado na prevenção e alívio do sofrimento através do reconhecimento precoce de sinais e sintomas. Objetivo: relatar a experiência da assistência a pacientes em cardiologia sob a ótica paliativa, na perspectiva da multidisciplinaridade. Metodologia: estudo descritivo, tipo relato de experiência, desenvolvido durante a assistência a pacientes cardiológicos em cuidados paliativos. Relato de caso: N. sexo feminino, admitida na unidade de internação com diagnostico de insuficiência cardíaca, classe funcional IV, sintomática, etilista, recebendo dobutamina, furosemida continua e nitroglicerina, confusa, em uso de oxigênio, após avaliação da equipe de cuidados paliativos, iniciou sedação continua com fentanil. As drogas foram suspensas gradativamente, houve o manejo dos sintomas, ao longo de 5 dias a paciente estava com melhor padrão respiratório, consciente. O uso de sedação e DVA corroboraram para a melhora do estado clinico e promoção do conforto. Resultados e discussão: Ao cuidar de pacientes com cardiopatia sem possibilidades terapêuticas de cura, o enfermeiro avalia continuamente as necessidades do paciente e família, aplica medidas de conforto e alívio dos sintomas, com um olhar ampliado, articulando-o com ações de outros profissionais. Percebe-se muitas dúvidas especialmente em relação à terapia medicamentosa, como a de sedação paliativa e a implementação de protocolos de sedação e analgesia, e o monitoramento através de escalas de sedação, analgesia e avaliação neurológica. A equipe de enfermagem exerce papel primordial, estabelecendo uma comunicação com os demais membros da equipe multiprofissional, assistência direta e acolhimento extensivo à família, cuidando do paciente em sua integralidade. Entretanto, observa-se que há ainda um desconhecimento por todos os membros da equipe acerca da terapêutica, bem como lidar com a terminalidade e abordagem a família. Conclusão: Cuidar de pacientes com cardiopatia sob a perspectiva paliativa exige conhecimentos específicos, capacidade de articular conhecimento científico, prático e ético e habilidade para orientar e envolver a equipe multiprofissional, além de aplicar medidas de promoção do conforto, alívio dos sintomas e manutenção da integridade física e mental do paciente e sua família. Pontua-se a importância do entrosamento entre a equipe multidisciplinar e capacitação dos profissionais para o atendimento ampliado a pacientes e familiares.

 

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