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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

EVOLUÇAO DO IMPLANTE TRANSCATETER DE PRÓTESE AÓRTICA (TAVI) NO PERIODO DE DEZ ANOS

Fernanda Marinho Mangione, Marina Arruda Negrisoli, Isabela Maria Moreno, hilda sara montero ramirez, salvador andré bavaresco cristóvão, Maria Fernanda Zuliani Mauro, Fernando Alves da Costa, José Armando Mangione
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - - SP - BRASIL

Fundamento: Atualmente, o implante por cateter de prótese aórtica (TAVI) vem mostrando êxito no tratamento dos pacientes com estenose aórtica. Desde sua introdução, ocorreram avanços tecnológicos expressivos no sistema de entrega e na estrutura valvar, permitindo a obtenção de resultados favoráveis e expansão das indicações deste procedimento. Objetivos: Avaliar a curva de resultados ao comparar o período dos primeiros 5 anos de experiência (2008-2013) com os últimos 5 anos ( 2014-2018). Métodos: Estudo clínico observacional, prospectivo e unicêntrico, que incluiu pacientes com estenose aórtica submetidos a TAVI, entre novembro de 2008 e setembro de 2018. Resultados: Foram incluídos 132 pacientes sendo que 42 (31.8%) foram submetidos à TAVI entre 2008 e 2013 (grupo 1) e 90 (68.2%) entre 2014 e 2018 (grupo 2). Os pacientes do grupo 2 apresentaram maior prevalência de doença arterial periférica (p=0,04), menos insuficiência renal (p=0,05) e área valvar significativamente menor (p=0,002). Não houve diferença entre os grupos quanto ao Escore STS (4,7% vs. 4,6%; p=0,67) e fração de ejeção (65% vs. 65%; p=0,85). Observou-se diferença no tipo de prótese utilizada entre os grupos, pois até o ano de 2013 estavam disponíveis apenas as próteses Corevalve, Edwards Sapien e Sapien XT, que foram sendo progressivamente substituídas pelas próteses Evolut R e Sapien 3. As curvas de Kaplan-Meier demonstram que o período inicial da experiência (2008-2013) se correlacionou ao aumento da incidência do desfecho primário de mortalidade por causas cardíacas no seguimento (p=0,02), enquanto que a mortalidade por todas as causas foi similar entre os grupos (p=0.60). Após ajuste para variáveis clínicas, o período de 2008 – 2013 foi fator preditor de mortalidade cardíaca conferindo aumento do risco de 4,2 vezes quando comparado ao período de 2014 – 2018. O período de 2008 – 2013 também se correlacionou com um aumento da incidência do desfecho de segurança (40% VS 21%; p=0.02), sangramento com risco de vida (17% vs. 4%; p=0.03), bem como Insuficiência Renal Aguda AKIN 2 ou 3 (17% vs. 5%; p=0.05) e aparecimento de bloqueio de ramo esquerdo novo ( 48% vs. 26%; p=0,02). Conclusão: Com a evolução das próteses e maior experiência dos operadores, houve melhora dos resultados com redução da mortalidade por causas cardíacas e maior segurança para os pacientes.

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