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RESPOSTA HEMODINÂMICA DURANTE O ESTRESSE MENTAL EM PACIENTES COM CIRROSE HEPÁTICA: INFLUÊNCIA DO Β-BLOQUEADOR

Rosa Virginia Diaz Guerrero, Maria Fernanda Almeida Falci, Pedro Augusto Carvalo Mira, Katia Valeria Bastos Dias Barbosa, Tarsila Campanha Da Rocha Ribeiro, Fábio Heleno De Lima Pace, Daniel Godoy Martinez, Mateus Camaroti Laterza
Universidade Federal de Juiz de Fora - Juiz de Fora - Minas Gerais - Brasil

Pacientes com cirrose hepática (CH) podem apresentar alterações hemodinâmicas em repouso. Assim, é possível que esses pacientes apresentem alterações hemodinâmicas frente a situações que demandem maior exigência do sistema cardiovascular como o estresse mental. Objetivo: Avaliar parâmetros hemodinâmicos durante o estresse mental em pacientes com CH. Métodos: Foram avaliados 19 pacientes com CH divididos nos seguintes grupos: Pacientes sem uso de β-bloqueador (Grupo Sem β, n=11) e pacientes com uso de β-bloqueador (Grupo Com β, n=8). Adicionalmente, um grupo composto por 16 pessoas sem CH (Grupo Controle). O estresse mental foi induzido pelo Stroop Color Word Conflict Test. Foram mesuradas as variáveis pressão arterial (Finometer®), frequência cardíaca (Biopac) e fluxo sanguíneo do antebraço (Hokanson®) durante 3 min basais seguidos de 3 min de estresse mental. A condutância vascular periférica (CVP) foi calculada dividindo o fluxo sanguíneo do antebraço pela pressão arterial média e reportada em unidades. Foi realizado test t para as variáveis em repouso e Anova de dois fatores para a resposta (Δ) ao estresse mental, considerado significativo p≤0,05. Resultados: Durante o estresse mental, apesar do aumento significativo em relação ao basal efeito tempo p<0,01 dos grupos Sem β e Controle na pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), o grupo Sem β apresentou resposta significativamente deprimida em relação ao Controle efeito do grupo p=0,04 e p=0,03 respectivamente. Por outro lado, apesar do aumento significativo em relação ao basal observado em ambos os grupos, efeito do tempo p=<0,01, a resposta da CVP foi significativamente maior no grupo Sem β em relação ao grupo Controle (Δ1°min: 1,08±0,33 vs. 1,34±0,33; Δ2°min: 1,28±0,33 vs. 0,79±0,27; Δ3°min: 1,62±0,34 vs. 0,50±0,28 unidades, respectivamente efeito da interação p=0,01). Com relação ao grupo Com β, durante o estresse mental apresentaram aumento significativo em relação ao basal efeito do tempo p<0,01 e de forma semelhante para PAS, PAD e CVP (Δ1°min: 1,73±0,48 vs. 1,34±0,34; Δ2°min: 1,04±0,39 vs. 0,79±0,27; Δ3°min: 0,66±0,26 vs. 0,50±0,19 unidades efeito da interação p=0,83). Conclusão: Pacientes com CH sem uso de β-bloqueador apresentam resposta deprimida da PAS e PAD e vasodilatação exacerbada durante o estresse mental agudo quando comparados ao grupo controle. Além disso, sugere-se que essas respostas inadequadas sejam normalizadas com o uso do β-bloqueador.

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