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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Avaliação do impacto precoce e tardio da cirurgia bariátrica na função plaquetária por meio do volume plaquetário médio.

Jaqueline Felipe Spirandelli, Vítor Guilherme Ferreira Moisés , Pedro Augusto de Araújo Resende, Renner Vaz Ramos , Victor de Paiva Fernandes, Wallisen Tadashi Hattori, Flávia Bittar Britto Arantes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - - MG - BRASIL

Introdução: A obesidade é considerada fator de risco independente para doenças cardiovasculares, havendo clara correlação entre o excesso de gordura visceral e o status pró-inflamatório e pró-trombótico. Ovolume plaquetário médio (VPM), exame simples e de fácil acesso, é marcador da função plaquetária e preditor independente de eventos cardiovasculares, sendo observado valores elevados na população obesa. O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito da cirurgia bariátrica na função plaquetária avaliada pelo VPM, nas fases precoces e tardias de perda ponderal pós cirúrgica em pacientes obesos mórbidos.

Métodos: Estudo retrospectivo observacional, no qual foram avaliados os dados de prontuários de 56 pacientes obesos mórbidos, submetidos a cirurgia bariátrica em um hospital público brasileiro. Foram obtidos dados antropométricos, índice de massa corpórea (IMC) e VPM pré operatórios e nos meses 3, 6, 9 12, 18 e 24 após a cirurgia.  Esses valores foram comparados pelo método Equações de Estimativas Generalizadas (GEE).

Resultados: A idade média dos pacientes foi de 44,83 ± 9,02 anos, sendo 91% do sexo feminino, com IMC inicial médio de 45,15 ±5,94 kg/m2. Na comparação aos pares das categorias de tempo, observou-se que o valor médio do VPM pré-cirurgia (9,37 ± 0,24 fL) apresentou uma tendência ao incremento nos meses iniciais (3, 6, 9 e 12  meses), com aumento estatisticamente significativo aos 18 meses (11,49 ± 0, 34 fL, p< 0,008), o que não foi observado aos 24 meses (Figura 1).  

 

Conclusão: Embora a perda de peso esteja associada à diminuição do risco cardiovascular, observou-se que a cirurgia bariátrica promove um aumento significativo do VPM em 18 meses de pós operatório. Tal achado sugere o desencadeamento de um processo pró-trombótico possivelmente relacionado ao mecanismo de emagrecimento promovido pelo procedimento cirúrgico.

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