SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Avaliação do remodelamento ventricular e prognóstico em pacientes com estenose aórtica submetidos a troca valvar.

Rodrigo de Moura Joaquim, Tiago Ghislandi Nuernberg, Tammuz Fattah, Ozir Miguel Londero Filho, Roberto Leo da Silva
Instituto de Cardiologia de Santa Catarina - São José - Santa Catarina - Brasil

Introdução: Estenose aórtica (EA) é uma doença valvar cardíaca muito prevalente e os pacientes sintomáticos apresentam uma alta taxa de mortalidade. A troca valvar tem como função melhorar os sintomas e o remodelamento ventricular, cursando com melhora no prognóstico desses pacientes. Objetivo: Avaliar o remodelamento reverso do ventrículo esquerdo em pacientes com EA submetidos a troca valvar. Avaliarmos ainda os fatores associdados ao incremento no remodelamento ventricular e sua associação com desfechos. Métodos: Estudo longitudinal, prospectivo, não concorrente, não randomizado, unicêntrico, em pacientes com EA que realizaram troca valvar cirúrgica ou percutânea. Os dados clínicos e do procedimento foram coletados de prontuários eletrônicos e os índices de remodelamento, massa ventricular e volume diastólico indexados pela superfície corpórea (MVEI, VDVEI) , espessura relativa da parede (ERP), relação massa/volume e fração de ejeção (FE), foram coletados nos ecocardiogramas transtorácicos antes e após o procedimento. O desfecho foi composto por óbito, necessidade de nova troca valvar, disfunção da prótese e necessidae de implante de marcapasso. Análise estatística foi feita através do SPSS 22.0. As variáveis contínuas foram análisisadas pelo teste t de Student ou U de Mann-Whitney e as categóricas pelo teste do qui quadrado ou teste exato de Fischer .Um modelo de regressão multivariado avaliou as variáveis associadas ao remodelamento e aos desfechos. Resultados: 91 pacientes foram incluídos, sendo que 77 (84,6%) realizaram troca valvar cirúrgica e 14 (15,4%) percutânea. Média da idade foi de 68,96 ± 11,98 anos, 65% eram do sexo masculino, 65% eram hipertensos e 26,4% tinham diabetes. Após troca valvar ocorreu redução da MVEI (179 vs. 124 g; p<0,001), VDVEI (75 vs. 63 ml; p<0,001), ERP (0,53 vs. 0,48; p=0,003) e relação massa/volume (2,5 vs. 2,1; p=0,014), determinando incremento no remodelamento ventricular, sem alteração na FE (56 vs. 58 %; p=0,087) e mesmo após a troca a geometria ventricular permaneceu no espectro de hipertrofia concêntrica. Maiores massas e volumes iniciais foram associados a maior incremento no remodelamento, outras variáveis clínicas não apresentaram associação. No seguimento médio de 2,6 anos, 12 pacientes apresentaram eventos. Nenhuma variável foi associada a incremento no prognóstico dos pacientes. Conclusão: Ocorreu melhora dos índices de remodelamento avaliados, porém a geometria ventricular permaneceu como de hipertrofia concêntrica. O incremento no remodelamento não foi associado a melhor prognóstico em nossa população.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo