SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Efeitos do exercício resistido e do condicionamento pré-isquêmico na disfunção endotelial causada por isquemia/reperfusão em adultos jovens e idosos

Fabio Tanil Montrezol, Helen Jones, Daniel Bannell, Alessandra Medeiros, David Low
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil, Liverpool JOhn Moores University - Liverpool - Merseyside - United Kingdom

Eventos isquêmicos podem causar morte das células na região afetada, assim, o reestabelecimento do fluxo sanguíneo é imprescindível. Contudo, a reperfusão pode causar mais danos. Tal grupo de lesões é denominado lesão por isquemia/reperfusão (IRI). Estudos mostram que curtos períodos intermitentes de isquemia podem produzir efeitos benéficos. O condicionamento pré-isquêmico (IPC) pode reduzir a área e a severidade da lesão causada por IRI.  Aplicado em humanos, o IPC tem apresentado redução dos efeitos deletérios da IRI, inclusive no miocárdio. Em animais expostos ao IPC prévio ao IRI a função sistólica foi recuperada mais rapidamente. O IPC pode ser aplicado remotamente (R-IPC) objetivando produzir respostas em outros locais, como por exemplo, a preservação do miocárdio em humanos. O exercício resistido aplicado nos membros inferiores pode produzir respostas similares ao R-IPC, contudo, evidências para tal são escassas. O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos do R-IPC e do exercício resistido em membros inferiores sobre a função endotelial remota de adultos jovens e idosos após IRI. 13 voluntários com idade de 23,61±2,95 e 7 voluntários com idade 62,83±2,63 foram avaliados. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Liverpool John Moores University (19/SPS/025). Os voluntários se apresentaram no laboratório em 3 dias separados por 72 horas e as sessões ocorreram pela manhã. A ordem das sessões foi randomizada. A estrutura das sessões foi a mesma: após chegar, os voluntários descansaram por 20 minutos, logo após, foram submetidos a análise da dilatação mediada pelo fluxo (FMD) da artéria braquial. Após, foram submetidos ao tratamento experimental. No dia CON descansaram por 40 minutos, na sessão R-IPC manguitos foram colocados no ponto médio dos fêmures e insuflados por 5 minutos a 220mmHg e desinsuflados por 5 minutos, repetindo-se por 4 vezes, no dia SQUAT realizaram agachamentos com o peso do próprio corpo por 5 minutos em cadência de 20 movimentos por minuto e descansaram por 5 minutos, repetindo-se por 4 vezes. Logo após iniciou-se o IRI, para tal foi colocado um manguito no ponto médio umeral e insuflado até 220mmHg por 15 minutos, após a desinsuflação, a reperfusão ocorreu por 15 minutos. Logo após, o FDM foi repetido. O tratamento estatístico deu-se pela análise de variância de 2 fatores, p≤0,05. Resultados apresentados na figura 1. Concluímos que o IRI produz disfunção endotelial temporária, e que tal disfunção é abolida apenas pelo R-IPC em adultos jovens e no grupo idoso apenas o exercício resistido aboliu tal efeito deletério. 

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo