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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Avaliação da função miocárdica e dissincronia intraventricular pelo ecocardiograma de repouso e sob estresse físico em pacientes com cardiopatia chagásica crônica e fração de ejeção reduzida

ATHAYDE, GAT, BORGES, BCC, PINHEIRO, AO, OLIVEIRA, CP, SOUZA, AL, MARTINS, SM, TEIXEIRA, RA, SIQUEIRA, SF, MATHIAS JÚNIOR, W, MARTINELLI FILHO, M
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: Em pacientes com cardiopatia chagásica crônica (CCC), a avaliação da função ventricular pelo strain longitudinal global (SLG), ao ecocardiograma bidimensional (E2D) em repouso, está associada a piores desfechos. Não há evidências sobre avaliação da a função cardíaca  e dissincronia intraventricular (DIV) ao estresse físico por SLG, em pacientes com CCC. Metodologia: Estudo unicêntrico, que avaliou pacientes consecutivos com CCC, idade superior a 18 anos e fração do ventrículo esquerdo (FEVE) ≤ 35%, sob terapia médica otimizada, na ausência de bloqueio de ramo esquerdo ou dispositivo cardíaco eletrônico implantável. Os pacientes foram submetidos à realização de E2D e, em seguida, a teste ergométrico em esteira, limitado por sintomas. Quando o pico do esforço foi alcançado, os pacientes foram posicionados em decúbito lateral e uma nova aquisição ecocardiográfica foi realizada no primeiro minuto da recuperação. A casuística foi distribuída em dois grupos, com base na variação dos valores do SLG entre o repouso e o esforço: o grupo 1 foi composto pelos pacientes que tiveram redução do SLG no esforço, e o grupo 2 por aqueles com aumento dos valores do SLG. O teste t de Student pareado foi usado ​​para a comparação entre parâmetros de repouso e pico de exercício. A comparação entre grupos foi avaliada por teste t de Student ou qui-quadrado. O coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para variáveis ​​contínuas. Resultados: foram avaliados 40 pacientes, porém o E2D sob estresse físico foi realizado em 39 (um deles apresentou TVNS ao esforço). O grupo 1 (n=13) e o grupo 2 (n=26) foram semelhantes com relação às características clínicas e eletrocardiográficas no repouso, contudo o grupo 2 apresentou menores diâmetros e volumes do VE e melhor função do ventrículo direito. No repouso, a FEVE e o SLG, assim como a DIV, não foram diferentes entre os grupos. Entretanto, no esforço, houve melhora da  DIV e do SLG no grupo 2, e manutenção da DIV e redução significativa do SLG no grupo 1. A variação do SLG entre o repouso e o esforço se correlacionou com volume atrial, com os volumes e diâmetros do VE, com a FEVE e a função do ventrículo direito. Após regressão linear múltipla, o volume diastólico do VE e a função do ventrículo direito foram preditores independentes da variação do SLG entre o repouso e esforço. Conclusões: Nesta amostra, no grupo de perfil ecocardiográfico favorável, houve melhora da DIV no esforço. O volume diastólico do VE e a função do ventrículo direito foram preditores independentes da variação do SLG entre o repouso e esforço.

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