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INFLUÊNCIA DA LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA NO ACESSO AS TERAPIAS DE REPERFUSÃO E MORTALIDADE DE PACIENTES COM IAMCSST USUÁRIOS DO SUS EM SERGIPE: REGISTRO VICTIM

Jeferson Cunha Oliveira, Jussiely Cunha Oliveira, Ticiane Clair Remacre Munareto Lima, Ikaro Daniel de Carvalho Barreto, Ingrid Melo Santos, José Augusto Soares Barreto Filho
Universidade Federal de Sergipe - São Cristóvão - Sergipe - Brasil

Fundamento: A concentração de serviços de alta complexidade em Aracaju pode proporcionar disparidade na qualidade assistencial para os pacientes do SUS com IAMCSST cujo sintomas se iniciaram em outras regiões de saúde do estado. Nesse contexto, Sergipe por ser o menor estado da nação e apresentar facilidades logísticas peculiares, pode servir de campo de pesquisa representativo para a investigação da qualidade assistencial no Brasil.

Objetivo: Avaliar disparidades no acesso às terapias de reperfusão e mortalidade em 30 dias entre pacientes com IAMCSST, usuários do SUS, em cada uma das sete regiões de saúde em Sergipe.

 

 Métodos: Trata-se de uma subanálise do estudo VICTIM, em que foram avaliados 844 pacientes com IAMCSST no período de 2014 a 2018 atendidos pelo único hospital com capacidade de ofertar ICP primária para usuários do SUS no estado de Sergipe. Os pacientes foram divididos em sete grupos de acordo com o local de início dos sintomas e obedecendo a divisão já existente das regiões de saúde do Estado: a) Aracaju; b) Itabaiana; c) Estância; d) Lagarto; e) Nossa Senhora do Socorro; f) Nossa Senhora da Glória; g) Propriá. Para comparação entre grupos, foi considerada diferença significativa quando p < 0,05.

 

 Resultados: Do total de 844 pacientes vítimas de IAMCSST e transferidos ao hospital com ICP que atende pacientes do SUS, 386 pacientes (45,8%) realizaram angioplastia primária. Os pacientes transferidos de Aracaju (n=151) obtiveram a maior taxa (51,9%) e os pacientes transferidos de Glória (n=7) a menor taxa (17,1%), sendo tais significantemente diferentes (P=0,03). A taxa média do uso de fibrinolítico foi de 2,6%, não havendo diferenças entre regiões. O tempo médio total de chegada a hospital com ICP foi de 21 horas. Para os pacientes atendidos em Socorro o tempo médio gasto foi de (26 horas±32h), Estância o menor (16 horas ±15h) (p=0,001). A mortalidade total em 30 dias foi 12,8%, mas sem diferenças entre as regiões mesmo quando ajustada para idade e sexo.

 

Conclusões: Este estudo revela que os fibrinolíticos são subutilizados em todo o estado e que existe um atraso para chegar ao hospital com ICP significativo em todas as regiões de saúde de Sergipe. A mortalidade geral em 30 dias ainda é alta, indicando que o sistema universal de saúde do Brasil está aquém do patrimônio e deve ser repensado.

 

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