SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

O ÂNGULO DE FASE DE BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA COMO PREDITOR DO RISCO DE INFECÇÃO NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDIOVASCULAR

WALKER, J.C.L., ROQUE, G.A.M., GAETA, L.N.N., LAGE, S.H.G., Bortolotto, LA, GOWDAK, L.H.W.
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morbidade e mortalidade da população mundial. Dentre a abordagem terapêutica há a cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). Cirurgias cardíacas apresentam morbidade e muitas de suas complicações estão relacionadas com a situação clínica pré-operatória do paciente. O IMC e a análise de bioimpedância elétrica (BIA) podem ser utilizados para investigação da composição corporal. O ângulo de fase (AF) é um valor derivado da BIA que pode ser utilizado como um indicador de integridade e saúde celular, predizendo em quais condições os pacientes vão para a cirurgia cardíaca. Objetivo: Verificar a influência do ângulo de fase (AF) no pós operatório e ocorrência de infecção em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) isolada ou combinada. Metodologia: Estudo descritivo, coorte prospectiva. Foram incluídos 46 pacientes adultos jovens ou idosos internados eletivamente para CRM isolada ou combinada no período de dezembro de 2018 a março de 2019; critérios de exclusão: pacientes com abordagem cirúrgica cardíaca nos últimos 3 meses, portadores de dispositivos eletrônicos implantáveis, mulheres em período menstrual ou gestantes. Os pacientes foram submetidos à avaliação nutricional incluindo a medida do AF por BIA e o cálculo do índice de massa corporal (IMC = peso/altura²). O ponto de corte utilizado para o AF foi a média de 6,72° e para os tempos de internação a mediana de 3,5 dias para internação em UTI e 9 dias para internação hospitalar. Os desfechos estudados foram a ocorrência de infecção no pós-operatório, mortalidade por todas as causas, tempo de internação em UTI e tempo total de hospitalização. Resultados: 24 pacientes (52,2%) apresentaram AF baixo (<6,72º), dos quais 9 (37,5%) apresentaram infecção no pós operatório. Valores baixos de AF se associaram de maneira estatisticamente significativa ao maior risco de infecção no pós-peratório (p = 0,023) e maior tempo de internação em UTI foi encontrado em 16 (66,7%) dos pacientes com baixo AF (p = 0,038). Na análise de regressão univariada foi sustentado o baixo AF em associação com a infecção (OR 12,92 IC 95% 1,26-132,79; p=0,031). Conclusão: O AF baixo no pré-operatório é um preditor de infecção e maior tempo de internação em UTI como desfechos clínicos adversos no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo