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Manejo da estenose aórtica em paciente em programação de transplante de medula óssea

Ana Carolina Noronha Campos Berbel, Aline Sabrina Holanda Teixeira Moraes, Rodrigo Noronha Campos, Lucas Trindade Cantú Ribeiro, Juliana Correa De Oliveira
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - - SP - BRASIL

Manejo da estenose aórtica em paciente em programação de transplante de medula óssea

Autores: Ana Carolina Noronha Campos Berbel, Aline Sabrina Holanda Teixeira Moraes, Rodrigo Noronha Campos, Juliana Correa De Oliveira, Marcel Pina Ciuffo Almeida, Lucas Trindade Cantú Ribeiro, Felipe Roque, Breno Gusmão

Introdução: A quimioterapia (QT) em altas doses pode levar a inúmeras complicações cardíacas durante a fase do condicionamento do transplante de medula óssea (TMO). O TMO autólogo para tratamento do mieloma múltiplo é realizado geralmente com ciclofosfamida, bortezomibe e dexametasona.  Altas doses de ciclofosfamida podem levar a miopericardite, tamponamento, arritmias e insuficiência cardíaca (IC), o bortezomibe também pode levar a cardiotoxicidade como a IC, fibrilação atrial, hipertensão e alteração nas válvulas cardíacas. Abaixo apresentaremos um relato de caso de um paciente de alto risco para desenvolvimento de cardiotoxicidade submetido ao TMO.

Apresentação do Caso: P.L., masculino, 66 anos, hipertenso, diabético, dislipidêmico e ex-tabagista, com diagnóstico de Mieloma Múltiplo em programação de transplante de medula óssea autólogo (TMO). Encaminhado para avaliação e liberação de TMO devido a estenose aórtica importante em ecodoppplercardiograma transtorácico externo. Paciente assintomático do ponto de vista cardiovascular, foi avaliado clinicamente e optado por cateterismo diagnóstico para estratificação cardiovascular e definição terapêutica da válvula. O exame revelou estenose aórtica moderada e lesões não obstrutivas em coronária direita. Iniciado tratamento para aterosclerose e liberado para TMO. Acompanhado durante a internação, realizados biomarcadores e eletrocardiograma que não revelaram alterações apesar de drogas potenciais cardiotóxicas utilizadas para o tratamento em altas doses. O transplante ocorreu sem intercorrências e com sucesso.

Discussão: Observamos na literatura que os principais eventos cardiotóxicos agudos atribuíveis ao TMO são incomuns, ocorrendo com uma frequência <1%. Esses dados sugerem que, com uma estratificação do risco cardiovascular, bem com o manejo dos potenciais descompensadores cardíacos antes do TMO, as altas doses de QT na fase preparatória não resultam em toxicidade cardíaca de curto prazo clinicamente relevante. Como pudemos descrever neste caso, o paciente era de alto risco cardiovascular para desenvolvimento de cardiotoxicidade, submetido a drogas potenciais cardiotóxicas, e com adequado acompanhamento clínico realizou seu tratamento em plenitude, sem acometimento cardiovascular agudo.

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