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Troca valvar mitral robô-assistida minimamente invasiva.

Thaissa de Medeiros Bruni da Silva , Dario Rafael Abregú Diaz , José Henrique Dias de Sousa
Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo - SP - Brasil

Introdução

A troca valvar mitral robô-assistida (TVMr)  está crescendo ao longo dos anos devido a menor agressão cirúrgica, ao curto tempo de internação hospitalar e ao retorno às suas atividades quando comparada com à técnica convencional.

 

Relato de caso

 RSM, 49 anos, com antecedente de valvoplastia mitral por cateter balão há 20 anos devido a Estenose Mitral reumática evoluiu nos últimos 6 meses com dispnéia leve nas atividades habituais progredindo para dispnéia moderada  e apresenta episódios de  Fibrilação Atrial (FA) de alta resposta ventricular com 2 internações hospitalares. Ecocardiograma Transesofágico mostrava átrio esquerdo com volume indexado 54 ml/m² e valva mitral com cúspides espessadas associado a fusão comissural e redução da abertura (área valvar: 1,0cm²). Optado por tratamento cirúrgico via TVMr. A cirurgia foi realizada em janeiro de 2020, utilizando o sistema robótico DaVinci®, sendo realizada ablação de veias pulmonares por radiofrequência , fechamento de auriculeta esquerda e implante de prótese biológica Mosaic nº 29. Procedimento sem intercorrências, com tempo de CEC totalizando 230 minutos. Extubada ainda em centro cirúrgico, chega na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em ritmo sinusal, consciente sob sedação residual, feito desmame nas primeiras 12 horas de noradrenalina e dobutamina, sem novas transfusões; dada alta ás 40 horas. Apresentou período de FA assintomática de curta duração, sem novos episódios após introdução de amiodarona. Teve alta hospitalar no 7º PO (dia pós operatório) em ótimas condições, em ritmo sinusal e com ecocardiograma pós-operatório mostrando prótese biológica em posição mitral, normofuncionante, com área valvar de 2,3 cm² e com refluxo central mínimo, sem outras alterações. No 14º PO paciente retornou às atividades ocupacionais, com restrição para levantar peso até o 30º PO. 

 

 Discussão 

O caso descreve a evolução pós operatória de TMVr. Com extubação e alta precoce da UTI, associado a retorno precoce ás atividades da vida diária. O reparo robótico da válvula mitral, ainda pouco difundido, fornece uma abordagem cirúrgica menos invasiva, com melhor visualização e acesso a válvula mitral, associada a uma alta probabilidade de reparo valvar e baixa mortalidade e morbidade operatória.

 

 Conclusão

 A TVMr ainda incomum, mostrou-se exequível, segura e efetiva na troca de valva mitral. Quando possível, é necessário procurá-la como importante alternativa terapêutica.

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