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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Correlação entre as Respostas da Pressão Arterial Sistólica ao Teste Ergométrico e ao Exercício Resistido Dinâmico e Isométrico

JULIO CESAR SILVA DE SOUSA, GABRIELA MAIA , RAFAEL YOKOYAMA FECCHIO, FABIANE AZEVEDO FERREIRA, ANDREA PIO DE ABREU, GIOANIO VIEIRA DA SILVA , LUCIANO FERREIRA DRAGER, DAVID A LOW, CLÁUDIA LÚCIA DE MORAES FORJAZ
USP - Escola de Educação Física e Esporte - São Paulo - SP - Brasil

Introdução. O teste ergométrico (TE) é recomendado na avaliação pré-participação de programas de exercícios físicos (EF) para hipertensos. Esse teste permite identificar indivíduos com respostas hiper-reativas da pressão arterial sistólica (PAS) aos EF aeróbicos. Os exercícios resistidos (ER) dinâmicos (ERD) e isométricos (ERI) têm sido estudados como potenciais redutores da pressão arterial de hipertensos. Porém, durante a execução desses exercícios há aumento expressivo da PAS, sendo importante verificar se o TE também é capaz de identificar os indivíduos hiper-reativos a esses exercícios, o que é o objetivo deste estudo.

Métodos. Homens hipertensos medicados (n=28; 52±9 anos) realizaram um TE em cicloergômetro (30W/min) e a PAS auscultatória foi medida antes, durante e no pico do esforço. Após 48h, os indivíduos participaram de uma sessão, na qual a PAS auscultatória foi medida e, a seguir, eles realizaram, em ordem aleatória, um ERD (3 séries de extensão de joelho unilateral até a fadiga concêntrica, 50% de 1RM, 90s de intervalo) e um ERI (4 séries de 2 min de handgrip unilateral, 30% da CVM, 60s de intervalo). Nesses exercícios, a PAS fotopletismográfica foi medida por 3 min pré e durante todo o exercício. As PAS auscultatórias medidas antes do teste e da sessão experimental foram comparados pela teste t. A seguir, a correlação de Pearson foi calculada entre o valor pico da PAS no TE e o aumento da PAS nos ER (PAS=PASpico de cada série – PASpré). P<0,05 foi considerado significante.

Resultados. As PAS medidas antes do TE e da sessão experimental foram similares (124±14 vs 121±11 mmHg, p=0382). Considerando         -se o ERD, a PAS pico do TE (198±31 mmHg) não se correlacionou com o aumento da PAS na 1º série (+59±18 mmHg; r=0,33; p=0,087), mas houve correlação significante com o aumento observado na 2º (+69±16 mmHg; r=0,69; p<0,000) e 3º (+74±19 mmHg; r=0,49; p=0,008) séries. Considerando-se o ERI, não houve correlações significantes entre a PAS pico do TE e o aumento da PAS na 1º (+26±11 mmHg; r=0,21; p=0,283), 2º (+33±15 mmHg; r=0,27; p=0,158), 3º (+41±22 mmHg; r=0,29; p=0,133) e 4º (+44±22 mmHg; r=0,28; p=0,143) séries.

Conclusões. Em homens hipertensos medicados, a PAS pico medida no TE se correlaciona positivamente com o aumento da PAS no ERD, mas não no ERI. Esses resultados sugerem que a PAS pico medida no TE pode ser usada identificar homens hipertensos com respostas de pressão arterial exageradas ao ERD, mas não ao ERI.

Apoio: FAPESP, CAPES e CNPq

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