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Infarto Agudo do Miocárdio Sem Supra de ST: Internação em UTI para todos?

Patrícia Oliveira Guimarães, Márcio Campos Sampaio, Felipe Lopes Malafaia, Renato Delascio Lopes, Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva, Amanda Rennó El Mouallem, Miguel da Silva Diniz, Juliano Valente Custódio, José T. Garcia, Valter Furlan
Hospital Samaritano Paulista - São Paulo - São Paulo - Brasil

Introdução: A decisão acerca de internar pacientes com infarto agudo do miocárdio sem supra de ST (IAMSSST) em unidades de terapia intensiva (UTI) leva em consideração diversos aspectos, incluindo as rotinas de cada hospital. O escore de risco “The Acute Coronary Treatment and Intervention Outcomes Network” (ACTION) UTI foi desenvolvido nos Estados Unidos, utilizando variáveis clínicas, laboratoriais e eletrocardiográficas, para predizer complicações que levariam a uma necessidade de internação em UTI em pacientes com IAMSSST.

Métodos: As características clínicas e os desfechos de 1263 pacientes com IAMSSST admitidos em um hospital privado referência em cardiologia, no período de 2014 a 2018, foram descritos. Uma análise retrospectiva foi realizada para o cálculo da acurácia do escore de risco ACTION UTI nessa população, visando identificar os pacientes que não necessitariam de admissão em UTI baseando-se nesse escore. As complicações que levariam a uma necessidade de UTI foram definidas como: parada cardiorrespiratória, choque cardiogênico, acidente vascular encefálico, morte, re-infarto, bloqueios cardíacos com necessidade de marcapasso, insuficiência respiratória e sepse.

Análise estatística: A performance do escore de risco ACTION UTI para predizer essas complicações foi determinada como área sob a curva ROC baseando-se diretamente nas variáveis do escore.

Resultados: A idade média da população foi de 62,3 anos e 35,8% eram do sexo feminino. Um total de 94,6% dos pacientes foram admitidos em UTI, como se tratava de uma rotina hospitalar. A maioria dos pacientes (91,9%) foi submetida a cateterismo cardíaco, angioplastia coronária foi realizada em 47,1% e cirurgia de revascularização miocárdica em 10,3%.  Complicações com necessidade de UTI ocorreram em 62 pacientes (4,9%) e a mortalidade intra-hospitalar foi de 1,3%. Um total de 70,4% tiveram escore ACTION UTI ≤ 5. A estatística C para o escore na predição das complicações foi de 0,55 (intervalo de confiança 95% 0.47 – 0.63). Complicações foram mais frequentes em pacientes mais idosos e com níveis mais elevados de creatinine sérica.

Conclusões: Em pacientes com IAMSSST admitidos em um hospital privado no período de 4 anos, a ocorrência de complicações que levariam a necessidade de internação em UTI foi baixa. O escore de risco ACTION UTI apresentou baixa acurácia para predizer essas complicações na nossa população.

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