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Relato de caso: Manejo da miocardiopatia isquêmica em paciente em programação de 5-fluorouracil

Rodrigo Noronha Campos, Aline Sabrina Holanda Teixeira Moraes, Ana Carolina Noronha Campos Berbel, Juliana Correa De Oliveira, Marcel Pina Ciuffo Almeida, Lucas Trindade Cantú Ribeiro, Núbia Ferreira Pedro Lack, Renato Maluf Auge, Luciano Melo Atanes, Ricardo Saraiva de Carvalho
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - - SP - BRASIL

Introdução:  O 5-Fluorouracil (5-FU) é o segundo medicamento mais comum associado à cardiotoxicidade após as antraciclinas e muito utilizado nas neoplasias sólidas. A manifestação mais comum de cardiotoxicidade associada às fluoropirimidinas é dor no peito, com dor torácica atípica, angina ao esforço ou repouso e síndromes coronárias agudas, incluindo infarto do miocárdio. Ainda não se sabe ao certo quais os grupos de risco para os eventos relacionados a esse antineoplásico e, portanto, sua liberação em pacientes cardiopatas permanece incerta.

Apresentação do Caso: A.F.L.J, masculino, 74 anos, miocardiopatia dilatada isquêmica com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) de 30% ao ecodopplercardiograma transtorácico, ressincronizador e em classe funcional II já com tratamento otimizado da insuficiência cardíaca. Recebeu diagnóstico de adenocarcinoma de esôfago em estágio inicial. Realizada proposta de quimioterapia com 5-FU e oxaliplatina. Encaminhado ao cardiologista para avaliação e liberação do antineoplásico. Cateterismo diagnóstico demonstrava oclusão da coronária direita e lesão de 70% em terço médio da coconária descendente anterior. Ressonância magnética de coração demonstrou FEVE de 10%, perda da viabilidade miocárdica em toda a parede inferior, ínfero-septal, lateral e ínfero-lateral e porção médio-apical da parede ântero - lateral do ventrículo esquerdo. Realizada reunião em conjunto com oncologia para decisão terapêutica. Como havia proposta curativa e cardiopatia compensada, optado por liberar quimioterapia, sendo realizada internado, com controle hídrico, monitorização cardíaca e realização de biomarcadores. Não houve eventos durante a infusão da quimioterapia e a neoplasia foi controlada com êxito.

 Discussão: Uma ciência em construção, a cardio-oncologia, vai além de estatísticas e se baseia no tratamento individualizado aliado às evidências atuais. O paciente relatado possuía uma cardiopatia grave, porém controlada e otimizada. O conhecimento acerca do antineoplásico a ser administrado, seus efeitos adversos, a melhor forma de administração e a monitorização cardiológica do paciente permitiu que o mesmo pudesse realizar o tratamento antineoplásico de forma plena com o objetivo de alcançar a cura. 

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