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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Percepção de uma Equipe Multidisciplinar Sobre Fatores de Proteção e Risco para Doença Cardiovascular

Carla Janice Baister Lantieri , Soraia Damião, Karine Turke, Katia De Angelis, Aline Tenório, Rogério Krakauer, Fernando da Costa, José Francisco Saraiva , João Fernando Ferreira, Antonio Carlos Palandri Chagas
Faculdade de Medicina do ABC - Santo André - São Paulo - Brasi

Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são primeira causa de morte no mundo, e é uma das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) que mais agravam a saúde pública. Estima-se que até 2030, 23,6 milhões de pessoas venham a falecer desta patologia. O controle dos fatores de risco para DCV, visando à redução do seu impacto na saúde da população, é fundamental, porém seu conhecimento é escasso e questões socioeconômicas estão associadas ao baixo entendimento dos mesmos, dificultando uma mudança de comportamento.

Objetivo: Avaliar o conhecimento sobre os fatores de risco modificáveis e protetores para a DCV, estabelecendo associações entre percepções quanto à adoção de hábitos saudáveis e indicadores alimentares. 

Metodologia: Estudo descritivo-exploratório, desenvolvido em 210 escolas públicas do estado de  São Paulo, com uma amostra de 1186 profissionais e alunos, que participaram de ação educativa para prevenção de DCV. Foi utilizado instrumento validado contendo 30 questões fechadas – Questionário de Percepção de Hábitos Saudáveis (QPHAS). 

Discussão: 69.3% eram do sexo feminino. A faixa etária encontrada foi de 12 a 68 anos. Quando questionados sobre presença de patologias cardíacas e neurológicas serem mais comuns em pessoas obesas, 43.1% concordavam plenamente. Sobre a genética ser mais influente na obesidade quando comparados à aspectos do meio ambiente, 45% concordavam parcialmente e 24.3% discordavam da afirmação. Sobre a utilização de métodos alternativos para controle de peso, 69.1% discordavam de ser uma foram de substituição da atividade física e a alimentação saudável. 34.5% concordavam parcialmente com a afirmação de que grandes quantidades de alimentos ricos em proteína poderiam aumentar os depósitos de gordura no corpo. E quanto ao benefícios do exercício físico para a saúde, 48.7% discordavam que o mesmo permaneceria no organismo mesmo depois de tornar sedentários. Quando é solicitado para citar fatores que conhecessem que podem levar ao Infarto Agudo do Miocárdio, os termos como, “pressão alta”; tabagismo; obesidade; falta de exercícios físicos; obstrução das artérias; foram alguns do encontrados. 

Conclusão: Os dados apontam que as percepções quanto aos hábitos saudáveis possam não influenciar, efetivamente, nos comportamentos adequados relacionados às condutas alimentar e de prática de atividade física. Por isso, se faz necessário a atuação de programa de prevenção cardiovascular para promover os fatores protetores para DCV e implementá-los ao cotidiano.

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