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Fatores de risco para Síndrome Cardiorrenal após infarto agudo do miocárdio

Thays Illanne Ledo de Faria, Julia Maria Silva de Siqueira , André China Sasdelli, Gustavo Calsavara Reimberg, Gabriela Maria Buchalla Andorfato, Mariana Batista Pereira, Benedito Jorge Pereira, Luana Marques Leme da Silva, Raira Ingridi Guimares de Abreu
UNINOVE- Universidade Nove de Julho - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: As interações entre coração e rim, conhecidas como síndrome cardiorrenal (SCR) trazem impactos negativos na função renal e evolução clínica pós infarto agudo do miocárdio (IAM).

Objetivos: avaliar a incidência de SCR após IAM e analisar a presença dos fatores de risco desencadeantes para a lesão renal aguda (LRA).

Métodos: Estudo clínico, de coorte retrospectiva, onde foram analisados os prontuários de pacientes maiores de 18 anos, internados com hipótese diagnóstica de IAM entre agosto 2018 e março 2019. Foram coletados dados clínico-laboratoriais, morbidades associadas e complicações clínicas como edema agudo de pulmão (EAP), choque cardiogênico e infecções; dosagem de creatinina, troponina, CKMB e peptídeo natriurético durante 1 semana após internação por IAM. A incidência de lesão renal aguda (LRA) foi expressa em frequência percentual e respectivo intervalo de confiança 95%. Foram considerados significativos P< 0,05. Análises realizadas com software SPSS v. 20.

Resultados: foram incluídos 180 pacientes na análise, com predomínio do sexo masculino (53,9%), com idade de 69,9±11,4 anos. As morbidades mais frequentes foram hipertensão arterial (77,8%) e diabetes mellitus (45,0%). A creatinina sérica (sCR) da admissão foi de 1,15 ±0,8 mg/dL, sendo que 32,8% apresentaram supradesnivelamento do segmento ST no diagnóstico, 28,9% classificados com Killip I e 7,2% Killip 2 . A avaliação da fração de ejeção cardíaca (FE) estava preservada (> 55%) em 35,6%. A análise mostrou a incidência de LRA em 25,0% (IC 95% 18,8%-31,9%) sendo 93,3% KDIGO 1. Os fatores de risco relacionados a LRA foram: idosos (≥ 60 anos) em 28,8%, portadores de DPOC (66,7%), FE inferior a 55% (31,3%), choque cardiogênico (50,0%) e infecções (54,5%). Após a análise multifatorial a fração de ejeção < 55% permaneceu como preditor independente de LRA (OR= 2,58; IC 95% 1,01-6,60).

Conclusão: Na Amostra estudada o IAM foi mais prevalente entre homens com alta incidência de hipertensos e diabéticos. Houve predomínio da LRA leve (KDIGO 1) especialmente em idosos, portadores de DPOC, FE menor que 55% , que tiveram um episódio de choque ou infecção. Após ajuste variável o maior risco permaneceu naqueles com FE< 55%

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