INTRODUÇÃO: Diante do agravo à saúde ocasionado pelas doenças cardiovasculares, a cirurgia cardíaca apresenta-se como uma alternativa para a recuperação da saúde e promoção de qualidade de vida da população. À vista da incerteza sobre o sucesso cirúrgico, muitos pacientes expressam comportamento religioso ou esperançoso como estratégia de enfrentamento neste momento adverso. OBJETIVO: Este estudo avaliou a esperança e comportamento religioso de 70 pacientes em período pré-operatório, designados para a cirurgia cardíaca em um Hospital Universitário no interior do estado de São Paulo. METODOLOGIA: Tratou-se de um estudo exploratório, quantitativo, com recorte transversal aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 80236817.5.0000.5515). Os dados foram coletados por meio da Escala de Esperança de Herth e um questionário sociodemográfico, sendo posteriormente submetidos ao software R- versão 3.4.1 e SAS 9.2. ANÁLISES E RESULTADOS: Ao empregar a análise de correlação de Spearman e o Teste Mann-Whitney, foi possível identificar que os pacientes apresentaram uma alta incidência de fatores de risco modificáveis em conjunto com não modificáveis. Possuir uma religião e praticá-la correlacionou-se positivamente com maior nível de esperança (p<0,01) no período pré-operatório, conforme representa a figura 1.
Figura 1- Comparativo do nível de esperança em religiosos e não religiosos (EEH)
Fonte: Dados da pesquisa
DISCUSSÃO: Os resultados encontrados nesta pesquisa já são amplamente discutidos no campo da oncologia. Neste sentido, o conhecimento das demandas do paciente cardiopata de forma holística têm sido cada vez mais necessário para reorganizar os recursos humanos e tecnológicos que promovam um cuidado integral e humanizado. CONCLUSÃO: Todaa equipe de saúde deve contemplar em sua práxis, condições para que o exercício da espiritualidade do paciente aconteça, a fim de que de que processos de resiliência sejam acionados, favorecendo maior bem estar subjetivo, adesão ao tratamento e melhor gestão dos recursos hospitalares.
